Rui Fonseca e Castro, o juiz negacionista, lidera hoje mais um protesto, em Lisboa, sendo o dia em que o Conselho Superior da Magistratura (CSM) irá definir ações disciplinares a aplicar na sequência do primeiro processo em que é acusado de atos contra a dignidade da magistratura.
O juiz tenciona, de igual modo, entregar um requerimento na Procuradoria-Geral da República (PGR) acusando o Governo de falsificar os números, em contexto pandémico, de mortes diárias.
Rui Fonseca e Castro, já no passado mês de março, foi suspenso preventivamente pelo CSM, do Tribunal de Odemira, na sequência do juiz ficar conhecido por declarações negacionistas relativamente ao uso de máscaras e ao confinamento como medida restritiva de prevenção contra a pandemia de covid-19.
Num vídeo publicado na rede social Facebook, o juiz negacionista expõe os planos dos protestos de hoje. No vídeo, Fonseca e Castro esclarece que “O encontro será no Marquês de Pombal, na parte de baixo do Parque Eduardo VII. Depois seguiremos para o Conselho Superior da Magistratura. Depois do CSM, seguiremos para as embaixadas da Austrália e do Canadá, depois pela Procuradoria-Geral da República, a seguir pela Escola Passos Manuel, depois ainda pela Assembleia da República e finalmente pela Residência Oficial do primeiro-ministro.”
Rui Fonseca e Castro faz referência, ainda, à paragem pelo CSM, definindo que “o objetivo é a manifestação, o protesto contra a falta de independência da Justiça, dos tribunais e do poder judicial”.
O juiz afirma, também, que, na PGR, vai ser deixado “mais um requerimento” relativo ao processo que iniciou por “crimes contra a humanidade”, focando na alegada “falsificação pelo Governo dos números gerais da mortalidade”.
O protesto, segundo Fonseca e Castro, vai ter, ainda, como paragem, a Escola Passos Manuel, com o objetivo de se manifestarem contra os “traumas” e “danos irreversíveis” a que as crianças têm sido sujeitas, como algo que o juiz negacionista chama de “injeção massiva”.
O magistrado, controversamente, afirma que “Somos governado por pedófilos”.
Recorde-se que Rui Fonseca e Castro pertenceu ao grupo “Juristas pela verdade”, manifestando, atualmente, as suas opiniões no Facebook, numa página de nome “Habeas Corpus”.
Já o CSM considera que as posições negacionistas do juiz sobre a covid-19 são “sustentadas em teorias da conspiração”.
Segundo o jornal Novo, o CSM, desde 2006, já expulsou 23 magistrados, podendo o juiz negacionista ser o próximo.
Escrito por João Serra
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