Segundo um despacho judicial da Polícia Judiciária (PJ) a que a SIC Notícias teve acesso, “Foi constatada a forte suspeita de existirem objetos que, apesar de aparentarem corresponder aos que foram apreendidos, poderão não ser os originais”.
Foi na passada segunda-feira, dia 11, que a PJ se deslocou à mansão do ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, na Quinta Patiño, em Cascais, visando verificar uma coleção de arte apreendida há uma década.
Segundo a SIC Notícias, as autoridades detetaram obras de arte que podem ser falsas. Como noticia o canal televisivo, o tribunal ordenou que todas as esculturas e quadros fossem retirados da habitação de João Rendeiro, com o intuito de serem reavaliados.
No despacho judicial, a PJ refere que “Foi constatada a forte suspeita de existirem objetos que, apesar de aparentarem corresponder aos que foram apreendidos, poderão não ser os originais”.
Em foco estão 124 obras das quais a mulher do ex-banqueiro, Maria de Jesus, é a fiel depositária, sendo que as mesmas passaram a ser de domínio do Estado como garantia de indemnizações aos lesados do BPP.
João Rendeiro, condenado pela justiça a uma pena de prisão, abandonou território britânico, onde se encontrava, num jato privado, estando agora em fuga e afirmando que não pretende voltar a Portugal por se sentir injustiçado.
Recorde-se que a queda do BPP, banco que visava gerir fortunas, aconteceu em 2010, antecedendo diversos escândalos na banca nacional e ocorrendo o caso BPN.
O acontecimento teve diversas e relevantes repercussões, apesar da pequena dimensão da instituição financeira, visto que, em contexto de crise financeira, a probabilidade de contágio ao restante sistema era elevada.
Escrito por João Serra
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