
Comer é uma necessidade, algo fundamental para o nosso corpo continuar a cumprir com as suas funções. Contudo, há quem opte por comer de forma despreocupada, caindo na tentação de doces, fast-food, fritos, entre outras opções agradáveis na boca, mas que geram efeitos desagradáveis no corpo, no peso, na saúde.
No entanto, também existem pessoas preocupadas com a alimentação, que preferem ter maior conhecimento dos alimentos que colocam na mesa. Existem diversas dietas que confirmam um conjunto vasto de visões sobre este tema.
Um regime que tem ganho popularidade é a alimentação funcional. Embora muitas pessoas ainda desconheçam este conceito, ele tem conquistado cada vez mais admiradores.
Fique a conhecer os diferentes alimentos funcionais e perceba como pode ser útil recorrer a uma alimentação funcional no seu quotidiano.
O que é a alimentação funcional?
O conceito de alimentação funcional deve-se ao conhecimento de que cada alimento contém nutrientes importantes que geram benefícios distintos. Por isso, trata-se de um conceito que surge como resposta à questão: e se nos alimentássemos dos nutrientes de que precisamos para cada dia em específico?
O conceito de alimentação funcional não se cinge à simples nutrição. Vai além da satisfação das necessidades nutricionais básicas. Este conceito visa o consumo de alimentos e ingredientes pelos nutrientes básicos fornecidos por eles, mas também pretende garantir outros benefícios adicionais para a saúde e bem-estar.
Os alimentos são escolhidos estrategicamente para melhorar a qualidade de vida e promover uma saúde ótima. O consumo de certos alimentos pode ser realizado propositadamente para atuar sobre doenças. A escolha dos alimentos certos permite-nos ter aliados que desempenham um papel ativo na manutenção e promoção da nossa saúde.
Quais são os alimentos funcionais?
- Curcuma: este alimento revela-se uma boa fonte de compostos antioxidantes. A curcumina é o principal composto ativo deste alimento com grande riqueza em propriedades anti-inflamatórias. Por isso, o consumo deste alimento ajuda-nos a prevenir doenças crónicas e inflamações.
- Chocolate negro: a riqueza em cacau do chocolate negro permite que o consumo moderado e regular deste alimento seja bastante benéfico. O polifenol é um composto antioxidante presente no cacau que ajuda a neutralizar os radicais livres. Estes componentes presentes no cacau (e no chocolate negro) contribuem para a prevenção do envelhecimento celular e promovem a saúde cardiovascular.
- Grão-de-bico: este alimento revela riqueza em fibra. O consumo regular de grão-de-bico ajuda a reduzir o colesterol e a equilibrar os níveis de glicemia.

Além disso, este alimento melhora o trânsito intestinal. Há outros alimentos que contêm riqueza em fibra, nomeadamente leguminosas (feijão, lentilhas, entre outros), pão integral e determinadas frutas (sobretudo, com casca).
- Frutos secos: existe riqueza em ácidos gordos insaturados em determinados frutos secos (como nozes e amêndoas) e também em sementes oleaginosas (como chia e linhaça, por exemplo), nomeadamente em ómega-3. Por isso, o consumo destes alimentos pode revelar-se bastante benéfico para a nossa saúde cardiovascular.
- Iogurte: existe uma riqueza em probióticos nos iogurtes naturais, bactérias benéficas para a saúde do intestino. O consumo de iogurtes ajuda a equilibrar a microbiota intestinal e contribui para o fortalecimento do sistema imunitário.
- Kombucha: esta bebida fermentada permite-nos integrar mais probióticos na alimentação. A kombucha favorece a saúde digestiva e contém uma boa riqueza em vitaminas do complexo B e vitamina C.
- Peixes gordos: salmão e sardinha servem de exemplo de peixes gordos que apresentam riqueza em ácidos gordos. Estes alimentos são uma boa fonte de ómega-3 e ómega-6. Por isso, o consumo de peixes gordos reduz o risco de doenças cardíacas.
- Soja: a riqueza em fitoestrogénios pode revelar-se bastante benéfica. A soja deve ser incluída numa alimentação funcional, porque este alimento contém compostos naturais que imitam a ação do estrogénio no corpo, o que permite garantir uma proteção contra doenças cardiovasculares.
- Tomate: o licopeno está presente no tomate (como noutros derivados, na polpa de tomate ou tomate triturado, por exemplo) e pode revelar-se bastante benéfico. Este antioxidante poderoso ajuda-nos a reduzir os níveis de colesterol.
Origem do conceito
Foi no Japão que o conceito de “alimentação funcional” foi usado pela primeira vez, mais precisamente na década de 1980. O conceito de “alimentos funcionais” foi usado por cientistas japoneses para descreverem que os alimentos vão além da função de nutrir. Eles contêm propriedades que podem revelar-se bastante benéficas para a saúde.
Posteriormente, com a criação da legislação dos “Foods for Specified Health Uses” (FOSHU), o conceito foi formalizado. O conceito alimentação funcional surge devido à existência de alimentos que originaram determinados benefícios específicos para a saúde.
A alimentação funcional tem adquirido grande popularidade em diferentes partes do mundo. O conhecimento deste conceito é útil e está presente em diferentes práticas alimentares e nos produtos de saúde e bem-estar.
Atualmente, a “alimentação funcional” é reconhecida como uma abordagem eficaz que promove a saúde e previne doenças.