Ligados pela obra “O Corvo” do poeta e autor norte-americano, Fernando Pessoa e Edgar Allan Poe cruzam-se em “A Morte do Corvo”.
Este espetáculo interativo, com lugar em 1924, aborda um convite de Fernando Pessoa ao seu amigo Mário, para se juntarem ao ritual de iniciação de uma sociedade secreta que procura o segredo da vida depois da morte, a Ordem dos Corvos.
Esta Ordem é liderada pelo poeta e autor Edgar Allan Poe, e tem sede escondida no andar de cima da agência funerária Nevermore.
Com direção artística de Nuno Moreira, encenação de Ana Padrão e Direção Coreográfica de Bruno Rodrigues, “A Morte do Corvo” explora vários acontecimentos que levam Fernando Pessoa a cair num ciclo depressivo, desde a rejeição da sua mulher Ofélia, a um descrédito em si próprio.
Todos estes momentos fazem parte de um plano de Edgar Allan Poe para danificar emocionalmente Pessoa, “movido por uma incontrolável inveja da genialidade” do poeta português.
Da mesma equipa responsável por “E Morreram Felizes para Sempre”, nomeado para um Globo de Ouro, este inovador espetáculo permite ao visitante “explorar livremente um espaço com mais de 2.000 m2, seguindo enigmáticas personagens”.
As regras deste espetáculo são muito simples:
- Os visitantes, durante os 100 minutos do espetáculo, terão que usar uma máscara fornecida à entrada;
- Manter silêncio e não interagir com os residentes, nem retirar objetos do local;
- Não é permitido fotografar, nem filmar.
Tudo isto terá lugar no Hospital Militar da Estrela, no 29A da Rua Santo António à Estrela, de quarta-feira a sábado, às 21h00, e ao domingo às 17h00, sendo que menores de 18 anos apenas podem entrar com a presença de um adulto.
Os bilhetes variam entre os 38 e os 60 euros, havendo, no entanto, desconto jovem (menos 10 euros no bilhete standard para menores de 25 anos) e desconto de grupo (menos oito euros no bilhete standard).
“Bem-vindos ao funeral anunciado de um dos maiores poetas de sempre”, pode ler-se no website oficial de “A Morte do Corvo”.