
Um animal de estimação revela-se frequentemente um novo elemento da família. A sua integração no quotidiano da casa pode até interferir com as rotinas estabelecidas.
Naturalmente, revela-se uma grande responsabilidade ter um animal de estimação. Ter um pet (cão, gato ou outro) significa uma grande alegria para todos, mas também implica alguns cuidados.
Existem contextos em que é necessário fazer deslocações no carro com o pet. Por exemplo, para uma ida ao veterinário ou para umas férias em família com o animal de estimação.
Estas deslocações devem ser realizadas com determinadas medidas preventivas para que tudo decorra na perfeição. Quem pretende fazer viagens com animais de estimação deve aprender algumas dicas para que o percurso seja o mais seguro possível.
Guias para viagens com animais de estimação
Para se fazer viagens com animais de estimação com segurança, conforto e respeitando a lei portuguesa, há que ter em consideração determinados fatores, nomeadamente os seguintes.

1. Conhecimento da lei portuguesa
Na lei do Código da Estrada, os animais de estimação são designados como parte de “carga”. Os animais devem ter as condições indispensáveis para viajar. Deve ser garantida a segurança de todos: do condutor, dos passageiros e dos próprios animais de estimação.
No Decreto-Lei nº 315/2003, é possível verificar a seguinte indicação:
“O transporte de animais deve ser efetuado em veículos e contentores apropriados à espécie e ao número de animais a transportar, tendo em conta o espaço, ventilação, temperatura, segurança e fornecimento de água, para salvaguardar a proteção dos mesmos e a segurança de pessoas e outros animais”.
2. O modo de transporte
Os animais de estimação não devem aceder à zona do condutor. Além disso, os pets não podem interferir no campo de visão do condutor durante a viagem. Devem ser transportados de forma específica.
- Caixa transportadora: existem no mercado diversas caixas transportadoras para cães e gatos. Estes elementos podem revelar-se decisivos, porque permitem uma proteção do animal, em caso de acidente. No momento de escolher a melhor caixa para o seu pet, tenha em consideração o respetivo peso e tamanho.
- Cinto de segurança: esta alternativa é uma boa solução, especialmente para viagens mais longas. O cinto de segurança consiste num mecanismo que prende o peitoral ou a coleira do pet ao cinto de segurança do carro. Esta solução impede que o cão ou gato se encontre limitado ao espaço da caixa transportadora por muito tempo.
- Rede ou grelha divisória: esta alternativa destina-se somente a cães. A colocação da rede ou da grelha é feita entre os bancos traseiros e a bagageira, para impedir que o animal seja projetado para a frente. O isolamento do patudo na parte traseira do automóvel, impede que ele interfira com a condução. Em comparação com as alternativas anteriores, a rede ou grelha divisória não se revela tão eficaz em termos de segurança. Contudo, esta opção revela-se uma boa solução para quem tem cães de grande porte, que requerem mais espaço.
3. Descuidos dão multa…
Caso não transporte os animais de estimação em condições de segurança, pode haver lugar a uma multa. Apesar da lei portuguesa não especificar as condições exigidas sobre como o transporte de animais de companhia deve ser efetuado, a segurança da condução não pode ser colocada em causa.
Deixar os animais à solta no veículo não é permitido, pois compromete a segurança de todos. Caso as autoridades testemunhem essa realidade, poderão passar uma multa entre os 60 € e os 600 €.
4. Alimentação do animal
Não alimente o animal de estimação pouco tempo antes da viagem. Idealmente, para o o cão ou gato não enjoar, o melhor a fazer é alimentar o animal com uma antecedência de 3 a 4 horas, antes do percurso ser iniciado.
5. Medicação
Caso o seu animal de estimação tenha tendência para sofrer de enjoos ou de stress severo durante as viagens de carro, convém falar sobre a viagem com o seu veterinário.
Desta forma, poderá questionar este profissional sobre a possibilidade de recorrer a medicação para impedir que surjam esses enjoos. No mercado, podemos encontrar comprimidos que tranquilizam os animais nas viagens, especialmente cães e gatos.
6. Passeio prévio
No caso do animal de estimação ser um cão, passeie-o antes da viagem. Desta forma, além dele poder fazer as suas necessidades, o animal irá gastar energia. Esse desgaste ajudará o patudo a ficar mais tranquilo na viagem.

7. Levar um brinquedo
Como acontece com as crianças, os animais de estimação também necessitam de se distrair. Por isso, levar um brinquedo que o cão ou gato reconheça será benéfico, pois o animal irá associar o objeto a uma experiência positiva.
Outro elemento que ajuda a fazer com que o animal de estimação se sinta mais confortável e seguro é levar uma manta dele.
8. Controlo do ambiente do habitáculo
Para transmitir um ambiente tranquilo que acalme o animal, convém controlar o ambiente do habitáculo, adotando alguns cuidados. Por exemplo, o volume do rádio do carro não deve ser elevado. Além disso, a temperatura deve ser apropriada, ou seja, amena.
9. Levar documentação
No momento de iniciar o percurso, convém ter os documentos do animal de estimação. Os documentos são indispensáveis nesse momento, com a respetiva identificação devidamente atualizada, com o nome, telefone e informações de contacto, com as vacinas e desparasitação em dia. Deve apresentar a plaqueta de identificação ou o microchip identificados.
10. Faça paragens
Naturalmente, deve fazer paragens a cada 2 horas de viagem. Além de cumprir a lei, ajudará o animal a ter uns minutos de liberdade, para poder fazer as suas necessidades. Essa paragem também é importante para impedir que o animal fique muito stressado por estar tanto tempo fechado num espaço reduzido.