Vegetação luxuriante, cascatas de perder o folego e uma paisagem marcada pelo exuberante casamento entre o granito e verde dos carvalhos e sobreiros autóctones são o cartão-de-visita de quem faz do Gerês o seu lugar predileto para umas férias ou uma simples escapadinha de fim-de-semana.
O Gerês é, porém, muito mais do que a Serra que lhe carrega o nome, este vasto património natural e humano está integrado num todo maior chamado Parque Nacional Peneda-Gerês, reserva da biosfera que abrange a Serra do Gerês, Serra da Peneda, Serra Amarela e Serra do Soajo, bem como os planaltos de Castro Laboreiro e da Mourela.
A paisagem é vasta, assim como vastos são os pontos de interesse que ela carrega, em qualquer estação do ano. Se, de Inverno, o branco da neve domina o horizonte, na Primavera são as urzes, as giestas e os milhares de flores que indicam o caminho ao visitante.
Chegado o Verão, é a altura das dezenas de cascatas espalhadas pelo parque ganharem o estatuto de piscinas naturais para os milhares de turistas que inundam os parques de campismo da região e assomam aos fabulosos trilhos e miradouros que o Gerês oferece.
Passada a época estival e entrando no Outono, o verde dá, por momentos, lugar aos variados tons de vermelho, castanho e laranja que são ao visitante a ideia de estar a pisar uma terra mágica, onírica.
A beleza é extenuante e conhecer a fundo o Parque Nacional Peneda-Gerês implica tempo, tempo que muitos visitantes não têm. Para estes, vamos deixá-los com alguns dos ex-libris desta magnifica paisagem natural de extraordinária beleza. Venha deslumbrar-se connosco!
O que ver e fazer no Gerês
- Pitões das Júnias
Localizada a 110 metros de altitude, a pitoresca e bela Pitões das Júnias é um local de visita imperdível. As suas apertadas ruelas guardam a fortaleza de casas graníticas que acomodam gentes simpáticas e afáveis carregadas de estórias e lendas para contar ao visitante enquanto este se delicia com a riquíssima gastronomia que lhe é servida.
Nesta visita é, igualmente, imperdível uma visita às ruínas do Mosteiro de Santa Maria das Júnias e a imponente cascata de Pitões das Júnias que se situam, apenas, a dois quilómetros do centro do aldeia.
- Ponte da Misarela
Imortalizada na cultura local como “Ponte do Diabo” por as gentes locais crerem que a mesma foi construída pelo Diabo, a ponte medieval da Misarela sobre o rio Rabagão, é um dos locais mais emblemáticos do Gerês.
Isolada em plena Serra, esta ponte encontra-se no fundo de um desfiladeiro escarpado e é bordejada por penedos e densa vegetação. Cereja no topo deste bolo, toda esta paisagem encontra-se enquadrada por uma sonhadora cascata. Simplesmente idílico.
- Mata de Albergaria
Não é um bosque encantado, mas encanta os sentidos. Falamos da Mata de Albergaria. Este que é um dos mais belos bosques de Portugal merece uma caminhada pela Geira Romana (calçada romana) que nele encontramos para apreciar com calma toda a beleza dos carvalhos seculares.
- Miradouro da Pedra Bela
Não é o ponto mais alto do Gerês, mas é seguramente um dos mais belos e propícios a observar toda a envolvência do Parque. Da vila que se estende aos seus pés passando pelo santuário de São Bento da Porta Aberta à sua direita, pelas pontes da Caniçada à esquerda e pela vista do Campo de Gerês que se apresenta à sua frente, terá uma magnifica vista de quase 360º graus sobre a imensidão e beleza da paisagem.
- Cascata do Arado
A poucas centenas de metros do Miradouro da Pedra Bela encontra-se a famosa cascata do Arado, a primeira de três cascatas que temos para lhe refrescar o corpo e encher os olhos de beleza e cor.
Deixe o carro junto ao sopé do Miradouro das Rocas (não deixe de subir pois as vistas são de cortar a respiração) e daí seguir a pé pelo estradão. O passeio é muito agradável e evita dar cabo do carro.
- Cascata de Pincães
Para além de ser uma das mais belas do Gerês, a cascata de Pincães, situada na aldeia de Pincães, é o exemplo perfeito daquilo que deve ser o explorar a natureza, pois, para que o visitante possa usufruir da frescura das suas águas e da beleza envolvente, terá que andar 2km a pé desde a aldeia que lhe dá o nome.
- Cascatas do Tahiti
Apesar de estarem situadas num lugar de difícil acesso, de há um par de anos a esta parte, estas cascatas tornaram-se um fenómeno de popularidade. As razões são simples e prendem-se com o facto das Cascatas de Fecha de Barjas, outro dos nomes por que são cohecidas, uma autêntica obra-prima da natureza.
Este local não possui um parque de estacionamento pelo que deve deixar a sua viatura nas bermas da estrada (com todo o devido cuidado) perto da ponte e da placa de sinalização. A descida até à cascata é bastante íngreme pelo que deve optar por um calçado adequado e descer pelo lado esquerdo, o lado mais seguro de fazer o percurso.
- Vilarinho das Furnas
Em tempos, Vilarinho das Furnas era mais uma das muitas aldeias comunitárias que marcavam a paisagem da Serra do Gerês até ao dia em que a construção de uma barragem que carrega o nome da aldeia a submergiu.
Situada num local de indescritível beleza, esta aldeia, ou parte dela, espreita por entre as águas do rio Homem e torna-se visível no final do Verão ou no início do Outono quando o verão é seco.
Para chegar ao local de onde se pode ver as ruínas da aldeia tem de deixar o carro no estacionamento da barragem de Vilarinho das Furnas e caminhar cerca de 2km por uma estrada de terra batida.