Nos últimos anos, o cenário empresarial tem passado por transformações significativas impulsionadas pela tecnologia e pela busca constante por eficiência e agilidade. Neste artigo, exploraremos algumas das principais tendências empresariais que deverão moldar o cenário em 2024.
À medida que nos aproximamos de 2024, o papel dos recursos humanos continua a evoluir, remodelando a forma como as organizações gerem o ativo mais valioso das empresas — os seus colaboradores. De maneira a prosperar num ambiente de constante evolução do mundo do trabalho, é crucial tentarmos antecipar e compreender as principais tendências empresariais que deixarão uma marca no ano de 2024
Estar à frente destas mudanças não é apenas uma vantagem estratégica; é um compromisso com o futuro sustentável, inovador e humano das organizações. Eis, as principais tendências empresariais e de gestão de pessoas em 2024, segundo Bernardo Samuel, o diretor da Adecco Recruitment.
Liderança humanizada
A liderança humanizada, emerge como uma resposta à crescente preocupação com o bem-estar e a felicidade no ambiente de trabalho. A máxima “trabalho é trabalho, conhaque é conhaque”, muito usada para passar a ideia de que é preciso saber separar o trabalho da vida social, deixou de fazer sentido.
Hoje em dia, o líder tem de oferecer aos colaboradores mais do que um mero salário. práticas centradas nas pessoas. Nesse sentido, torna-se necessário que utilize práticas centradas nas pessoas como a escuta ativa, os cuidados de saúde física e mental, o programas de bem-estar, etc.
Inteligência artificial
Sem surpresas, a inteligência artificial vai continuar a transformar os ambientes de trabalho.
Apesar da integração de tecnologias avançadas ser uma estratégia inevitável na otimização de operações e aumento de eficiência; é necessário procurar o equilíbrio entre as competências da inteligência artificial e o ‘toque’ humano, para que se atinja a vantagem competitiva.
Encontrar e reter talentos
A escassez de talento continuará a ser um desafio, mas as organizações ágeis encontrarão soluções inovadoras. A adoção de práticas de regimes de trabalhos flexíveis, proporcionar programas de formação e qualificação aos empregados, recompensando este esforço com melhores remunerações adicionais, e a incorporação de práticas de diversidade e inclusão na cultura organizacional será fundamental.
Flexibilidade
A pandemia do covid 19 já nos abandonou, mas o seu maior legado nas empresas permanece — o trabalho remoto. As organizações passaram a adotar modelos híbridos para atender às diversas necessidades da sua força de trabalho.
Através de um equilíbrio harmonioso entre o trabalho remoto e o trabalho no escritório, garante-se a produtividade, satisfação dos funcionários e a construção de um sentido de pertença. Além disso, esta flexibilidade será crítica para construir uma estrutura organizacional mais resiliente e adaptável, necessária para atrair profissionais qualificados.
No entanto, o principal desafio do trabalho híbrido continua a ser a capacidade de uma empresa em garantir um equilíbrio estável entre estes modelos.
Aprendizagem contínua e requalificação
A evolução do mercado exige uma força de trabalho apta e atualizada com tecnologias e metodologias emergentes. Com a emergência de tecnologias tão rompedoras como a inteligência artificial, as empresas devem canalizar investimentos para iniciativas de reskilling e upskilling adaptadas às necessidades individuais dos colaboradores.
A capacidade de proporcionar estas oportunidades de desenvolvimento personalizadas aos colaboradores, além de ser imperativa para a adaptação e melhoria contínua dos mesmos, torna-se num fator diferencial na atração e fidelização de colaboradores talentosos.
Esta tendência sublinha a importância de uma mentalidade de crescimento em complemento da prontidão na resposta às dinâmicas mais imediatas do mercado.
Salários competitivos
A competição por talentos e a necessidade de reconhecer o esforço e a experiência dos colaboradores vai refletir-se numa subida salarial.
Nesse sentido, as organizações que investirem nos seus colaboradores numa política retributiva atrativa, colherão benefícios a médio-prazo, contribuindo para a estabilidade e felicidade dos seus talentos.
Responsabilidade social
As organizações não são organismos isolados. Pelo contrário, são uma parte de um todo — estando integradas num dado ambiente — elas interagem com fornecedores, clientes, comunidade, parceiros, meio ambiente e governos, que direta ou indiretamente estão interessados nas suas ações.
Todos somos responsáveis pela preservação ambiental: o governo, os cidadãos e, claro, as empresas. Nesse sentido, as empresas incorporarem práticas que tenham como um dos principais objetivos a sustentabilidade, torna-se cada vez mais numa prioridade para as organizações em 2024.