Dificilmente encontraremos alguém que se defina a si mesmo como um mau condutor. No que diz respeito à condução, todos tendem a ter uma boa imagem de si mesmos.
No entanto, sempre que estamos na estrada, testemunhamos condutores a cometerem erros gritantes, que até se podem revelar perigosos para o condutor em causa e para todos os que partilham a estrada com ele.
No presente artigo, iremos apresentar um conjunto de erros que são bastante comuns nas estradas portuguesas. São erros cometidos regularmente por condutores que não os reconhecem como tal ou que preferem ignorar que não apresentam uma condução exemplar.
Errar é humano. Faz parte da nossa condição. Enquanto seres humanos, erramos e seremos sempre seres que vão errar. O erro ajuda-nos a chegar ao conhecimento. Portanto, pode ser uma mais-valia. Podemos aprender com os nossos erros e com os erros dos outros. No presente artigo, iremos partilhar alguns dos erros mais comuns na condução.
Erros mais comuns na condução
Os condutores podem aprender o básico no momento de tirar a carta. Posteriormente, com a condução regular, adquirem hábitos. A confiança de “dominar” a condução faz com que naturalmente se cometam erros. Eles são fruto de maus hábitos adquiridos com a condução no quotidiano.
1. Fazer travagens bruscas
É comum os condutores adiarem a travagem, acabando por travar mesmo em cima da curva. Também acontece travar junto dos carros da frente. Uma travagem que surge só nos últimos segundos para evitar um acidente.
Por vezes, até nem se consegue evitá-lo, ocorrendo uma batida leve, mas desnecessária. Esta atitude de fazer travagens bruscas não é nada saudável para o carro, desgasta os travões e representa um perigo. O comportamento responsável de um bom condutor é antecipar o momento de travar e ir travando para evitar soluções de última hora.
2. Fazer descidas em ponto morto
Outro erro muito comum consiste em fazer descidas em ponto morto com o propósito de poupar combustível. Além de se tratar de um mito, não garante poupança nenhuma de combustível e também reduz o controlo do condutor sobre a viatura, tornando a condução perigosa.
Uma boa estratégia para ir abrandando o carro consiste em usar uma mudança reduzida, porque permite manter o motor a travar.
3. Usar um pé no pedal (da embraiagem) e descansar o outro
Muitos condutores cometem este erro. O comodismo faz com que se tenha uma atitude relaxada. O pé não deve estar sempre na embraiagem. Ela só deve ser usada quando necessário.
4. Não verificar a pressão dos pneus
É importante verificar a pressão dos pneus regularmente. Devemos fazê-lo uma vez por mês e antes de viagens longas que se realizam nas férias ou nas escapadinhas. No entanto, muitos condutores esquecem-se de fazê-lo.
Ora, esse desleixo causará um desgaste irregular dos pneus. Além disso, esse esquecimento pode levar a um aumento do consumo de combustível. Ter os pneus com a pressão desregulada pode ainda causar acidentes devido à perda de aderência na estrada.
5. Não ligar aos sinais
Mesmo que o condutor conheça o caminho, deve haver sempre atenção à sinalização. Por vezes, os sinais podem mudar, mesmo que seja de forma temporária, devido a obras ou a um acontecimento que implique a colocação de sinais. Ter a mania que se sabe tudo não é benéfico. Convém estar sempre com atenção.
6. Não ligar aos espelhos
Muitos condutores não usam os espelhos do carro. Olham só para a frente, como se a condução fosse como quem vê televisão. Depois, tendem a ouvir buzinadelas repentinas.
Os espelhos devem ser verificados regularmente ao longo da condução. Trata-se de uma ferramenta fundamental para se manter uma consciência plena do que nos rodeia.
7. Ter o carro “colado” à viatura da frente
Muitas pessoas gostam de andar muito perto do carro da frente, seja para “impor” que o outro condutor ande mais rápido (especialmente quando não há espaço para a ultrapassagem), seja por capricho.
Ora, como se sabe, uma boa condução implica deixar uma distância segura para o veículo da frente para se ter tempo para travar, caso haja algum imprevisto, como a presença de um gato que implique uma travagem repentina do carro da frente.
8. Conduzir sempre pela via da esquerda ou do meio
A maior parte dos condutores desenvolveram o péssimo hábito de manter o seu percurso pela esquerda ou pelo meio, independentemente do destino que pretendam. Ora, muitos condutores até ultrapassam pela direita (outro erro comum) os carros que permanecem o seu rumo na via mais à esquerda ou na via do meio.
Embora muitos “pensem” que a via de trânsito mais à direita é destinada aos veículos pesados ou muito lentos, há que conhecer a lei. Segundo a legislação, a condução faz-se sempre pela direita, exceto no momento em que se pretende ultrapassar ou mudar de direção.
9. Ter o pé pesado
O excesso de velocidade é um dos erros mais comuns entre os condutores portugueses. Este mau hábito é um dos fatores que mais contribui para o surgimento de acidentes no trânsito.
Muitos condutores ultrapassam os limites de velocidade diariamente, sabendo que se colocam a si em risco e a todos os que com eles partilham a estrada.
10. Ter a mão nas mudanças
Apoiar a mão na alavanca é um erro comum dos maus condutores. Adotar essa postura constantemente é incorreto e perigoso.
Além do tempo de reação ser reduzido, caso exista algum imprevisto, esse gesto desgasta a caixa de velocidades. O correto é apenas colocar a mão para a usar e largar quando já não se necessita dela.