Errar é humano, mas alguns erros podem mudar a imagem que têm sobre si, desprestigiando-o, falamos obviamente dos erros de português.
O português, com as suas inúmeras regras gramaticais e irregularidades, não é um idioma simples, quer seja falado ou escrito. Por isso, fizemos uma lista de erros ortográficos e de erros gramaticais que são frequentemente dados. Sem nos darmos conta, esses erros que mancham a imagem podem interferir na percepção que uma pessoa tem de nós e eventualmente prejudicar-nos no futuro. Sendo assim, esteja atento a estes erros de português:
1. Confundir “há” e “à”
Este é possivelmente um dos erros mais comuns de escrita. As duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas.
Há é a forma conjugada do verbo haver na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo. Pode indicar tempo passado ou ser sinônimo de existir. Por outro lado, À é a contração da preposição a com o artigo definido feminino a (a + a = à). Pode indicar um lugar ou introduzir um objeto indireto. É, também, usado em muitas locuções adverbiais. Devemos usar há quando o verbo haver tiver o significado de existir. Também devemos usar há quando nos referirmos ao tempo passado, usando o verbo haver como sinônimo de faz ou tem.
2. Confundir “hás de” com “hádes”
A forma correta de dizer que a pessoa irá fazer ou experimentar algo é “Hás de“, que é a segunda pessoa do singular do presente do indicativo do verbo haver com a preposição de. Neste caso, o verbo “haver” funciona como auxiliar e é conjugado em todas as pessoas, significando “ser obrigado a; pretender; desejar”.
3. Confundir “fato” e “facto”
Com o novo Acordo Ortográfico, este é mais um dos casos de dupla grafia. Muitas vezes, pensa-se que a palavra “facto” perdeu o “c” e por isso mesmo, é utilizada incorretamente.
Exemplo: “É um facto que existem alterações climáticas” – quando o “c” é pronunciado, mantém-se na escrita da palavra. Assim, sempre que pronunciar o “c”, sabe que deve escrever “facto”.
4. Confundir “gostamos” e “gostámos”
Embora ambas as palavras existam, “gostamos” refere-se ao presente e “gostámos” ao passado. Sendo assim, lembre-se, sempre que estiver a referir-se a algo que já aconteceu, acentue a palavra.
5. Confundir “Fizeste” ou “fizestes”?
As duas formas fizeste e fizestes estão corretas, contudo os seus significados são diferentes. Ou seja, ambas as palavras estão corretas e são formas verbais do verbo fazer mas empregues em diferentes pessoas gramaticais.
“Fizeste” é a segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo – “tu fizeste”, já “Fizestes” é a segunda pessoa do plural do pretérito perfeito de indicativo do verbo – “vós fizestes”.
6. Trocar o uso de “obrigado” e “obrigada”
Este é um dos erros mais comuns mas também dos mais facilmente evitáveis. A regra é simples a regra de concordância nominal indica que o adjetivo “obrigado (a)” deve concordar sempre com o sexo do emissor. Ou seja, quem for do sexo masculino diz “obrigado”, e quem for do sexo feminino diz “obrigada”.
7. Dizer “póssamos” em vez de “possamos”
As formas verbais da 1.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo são graves, ou seja, o acento tónico recai na penúltima sílaba: tenhamos, sejamos, possamos.
8. Dizer “a gente vamos” em vez de “a gente vai”
Na expressão a gente, o verbo deverá estar sempre no singular, em concordância com essa expressão. A palavra «gente», que é um nome coletivo, significa um conjunto de pessoas; porém, é um nome singular; por isso é que a forma verbal tem de estar na 3.ª pessoa do singular, a concordar, em número, com esse substantivo, que é o sujeito.
9. Confundir “houveram pessoas” com “houve pessoas”
Sempre que é verbo principal, o verbo haver só se conjuga na 3.ª pessoa do singular, porque é um verbo impessoal (há, houve, havia, haverá, haveria, haja…).
10. Dizer “qualqueres” ou “quaisqueres” em vez de “quaisquer”
O plural de “qualquer” é “quaisquer”. Todas as outras variantes não estão correctas.
É certo, erros de português podem manchar a sua imagem, como há erros financeiros que destroem as suas poupanças. Veja aqui!