Por Cláudia Matias.
Úrano iniciou o seu período de retrogradação anual no dia 24 de agosto de 2022, com a proposta de analisarmos se estamos a transformar os nossos valores no sentido de maior autossuficiência, consumo sustentável, religação com a Natureza, consciência ecológica, harmonia relacional e partilha de recursos; ou de comodismo, consumismo, posse e apego material.
A oposição entre Úrano e o Sol, que constitui o momento do período retrógrado em que o nosso olhar sobre estas questões tende a tornar-se mais objetivo, ocorreu no dia 9 de novembro de 2022, muito próximo da quadratura a Saturno. Tal implicou um aumento da tensão entre a necessidade de mudança e a resistência a esta, mas também permitiu tomarmos consciência da estreita relação entre a transformação de valores e de estruturas, nomeadamente as nossas estruturas de pensamento e relacionamento (simbolizadas por Saturno em Aquário).
Com a passagem de Úrano a movimento direto, no dia 22 de janeiro, chega o momento de colocarmos em prática os resultados da revisão efetuada durante o período retrógrado.
Úrano estacionário na passagem a direto encontra-se ainda próximo do Nó Lunar Norte, conjunção que manteve durante todo o período retrógrado, reforçando o propósito de transformarmos a forma como lidamos com os recursos, o plano material e toda a vida que nos rodeia. Esta estação de Úrano tem lugar com os luminares no signo de Aquário, bem como, Saturno (que partilha a regência de Aquário com Úrano) e Vénus (que rege o signo de Touro e está em recessão mútua com Úrano) em conjunção praticamente exata – o repto é para assumirmos a responsabilidade de transformar os nossos valores e estruturas, pessoais e sociais, no sentido de atuarmos em prol do bem coletivo.