O ideal seria não ter que decidir entre o curso que sempre sonhamos cursar e aquilo que a razão nos diz. E que o que é que ela nos diz? Diz-nos que devemos procurar cursos com maior taxa de empregabilidade e várias saídas profissionais.
Escolher o curso superior que se pretende frequentar nem sempre é uma tarefa fácil. Razão vs Coração. Esta dicotomia sintetiza a dificuldade de uma escolha que, podendo não ser para a vida, irá definir o futuro a curto-médio prazo dos estudantes.
Como sucede todos os anos, o site governamental Infocursos publica os dados estatísticos referentes aos cursos superiores no país e é através deles que podemos ficar com uma ideia mais precisa de quais os cursos com mais saída em Portugal.
Esta é ferramenta estatística é extremamente importante, mas há que levar em linha de conta que as saídas profissionais e a empregabilidade que o site apresenta são analisadas consoante o número de estudantes inscritos no IEFP como desempregados não considerando para efeitos estatísticos os recém-diplomados que não se encontram inscritos no centro de emprego.
Uma última nota antes de passarmos ao ranking de cursos mais apetecíveis. Apesar de uns cursos terem maior taxa de empregabilidade do que outros, a importância de um diploma superior é um fator decisivo na procura de emprego. De acordo com as estatísticas disponíveis, a taxa de desemprego de diplomados por universidades e politécnicos públicos é atualmente de 3,3%, enquanto no privado é de 3,9%.
Os cursos com mais saídas profissionais e mais alta taxa de empregabilidade para 2020 são os seguintes:
Cursos com mais saídas profissionais em Portugal
Ciências Biomédicas Laboratoriais
O ranking da empregabilidade é liderado pelo curso de Ciências Biomédicas Laboratoriais no Instituto Politécnico de Lisboa com uma taxa de desemprego de 0,1%.
Enfermagem
Todos os diplomados no curso de enfermagem da Universidade de Aveiro, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, Instituto Politécnico de Castelo Branco e Universidade Católica Portuguesa tiveram uma taxa de desemprego entre 0,1% e 0,2% segurando o segundo lugar neste ranking.
Engenharia Informática
O bronze vai para um curso fora da área da Saúde. Entre as diversas engenharias, o curso de Engenharia Informática no ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) leva vantagem com uma taxa de desemprego de 0,2%.
Economia
Igualmente com uma taxa de desemprego de 0,2% surge em quarto lugar o curso de Economia leccionado na Universidade católica Portuguesa.
Bioquímica
Ainda na taxa de desemprego de 0,2% encontramos uma das grandes surpresas deste ano: o curso de Bioquímica na Universidade de Lisboa (242 diplomados).
Engenharia Eletrotécnica e de Computadores
Mais um curso de engenharia e mais uma baixa taxa de desemprego. 0,2% no curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na Universidade de Lisboa.
Medicina
Habituada aos lugares cimeiros deste ranking, o curso de Medicina na Universidade do Porto volta a destacar-se com uma taxa de desemprego de 0,2%
Biologia Celular e Molecular
O curso de Biologia Celular e Molecular da Universidade Nova de Lisboa é o último da lista com uma taxa de desemprego de 0,2% colocando-o entre os cursos mais apetecíveis em Portugal.
Educação Básica e Psicologia
Apesar de serem duas áreas normalmente associadas a altas taxas de desemprego, a Educação e a Psicologia conseguiram que quatro dos seus cursos obtivessem taxas de empregabilidade próximas dos 100%.
Educação
Curso de Educação Básica na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (185 diplomados) e na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich (149 diplomados).
Psicologia
Curso de Psicologia na Universidade Lusíada no Porto (45 diplomados) e na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (40 diplomados).