A direção é uma das partes mais importantes de um automóvel, ao permitir-nos controla-lo. Como muitos condutores nunca experimentaram conduzir automóveis sem este tipo de auxílio, acaba por ser ignorada. Neste artigo, vamos caracterizar cada um dos tipos de direção de um automóvel.
Num automóvel, a direção é um conjunto de componentes responsáveis por orientar as rodas, a pedido do condutor, para a trajetória ser correta e realizar manobras suavemente. A constante evolução deste sistema levou a que, atualmente, existam quatro tipos de direção: mecânica, hidráulica, elétrica e eletro-hidráulica. Cada um deles tem as suas vantagens e desvantagens, consoante a utilização que queremos dar ao automóvel.
Direção mecânica
É o modelo mais elementar de direção e encontra-se maioritariamente nos automóveis mais antigos.
A direção mecânica não tem qualquer tipo de assistência, dependendo da força dos braços dos condutores, o que torna a sua condução mais desconfortável.
No entanto, os automóveis com este tipo de direção costumam ter um custo mais acessível, tanto no que diz respeito às peças, quanto à mão de obra no caso de reparação, e os problemas na caixa de direção são facilmente detetáveis.
Direção hidráulica
A direção hidráulica é um dos tipos mais comuns nos automóveis atuais. O primeiro automóvel que utilizou a direção hidráulica foi o modelo Chrysler Imperial, lançado comercialmente no ano de 1951.
Neste tipo de direção foi adicionada uma bomba de óleo ao sistema de direção mecânico. Esta bomba de óleo lubrifica a caixa de direção, quando o motorista gira o volante, diminuindo a resistência. Isto torna-a muito mais leve e confortável.
Contudo, a manutenção deste automóvel torna-se mais dispendiosa. A cada 50 mil quilómetros rodados, é necessário realizar uma manutenção para trocar o óleo da direção. Além disso, à medida que o automóvel vai envelhecendo, as fugas de fluidos podem tornar-se num problema.
Direção eletro-hidráulica
A direção eletro-hidráulica é uma evolução da anterior, mas em vez de a bomba hidráulica utilizar uma correia para obter energia do motor, utiliza um motor elétrico.
Ao não estar ligada ao motor, evita os problemas mecânicos. Além disso, reduz o consumo de combustível, uma vez que não necessita do motor de combustão.
A energia para o motor elétrico que aciona a bomba hidráulica provém da bateria. Embora o funcionamento seja o mesmo, a simplicidade do sistema tornou-o mais viável.
Direção elétrica
A direção elétrica é a versão mais recente. Este tipo de direção utiliza um motor elétrico, para dar assistência quando o volante é movimentado. Como não utilizam sistemas hidráulicos, é bem mais leve, deixando a direção muito mais confortável, e possuem menos peças que podem avariar.
Em contrapartida, os automóveis com este tipo de direção têm um custo mais elevado do que os restantes. Além de que a direção fica dependente do sistema elétrico do automóvel, ficando vulnerável caso aconteça uma falha elétrica.
Qual é o melhor?
Cada um destes tipos de direção pode ter uma utilização específica. Por exemplo, a direção mecânica encontra-se apenas nos automóveis mais baratos. Ainda assim, é um dos sistemas de direção mais precisos e rápidos que existem, visto que o movimento não tem de passar por todo um sistema que torna o tempo de reação mais lento, razão pela qual os automóveis de competição utilizam a direção mecânica.
A direção hidráulica é um bom equilíbrio entre conforto e feedback. Pode dar um bom feedback do que se passa no asfalto, sendo suficientemente suave para poder manobrar a baixa velocidade sem grandes problemas.
A direção elétrica pode ser adaptada à velocidade, o que significa que, quando vamos depressa, a direção fica mais dura e precisa menos movimento do volante para mudar de direção, ao passo que, quando vamos mais devagar, fica mais suave e permite manobrar mais facilmente. O problema deste tipo de direção é que não se sente uma verdadeira ligação entre o volante e as rodas, pelo que é difícil saber o que acontece no asfalto.
Haverá pessoas que preferirão a versão hidráulica, uma vez que esta apresenta um bom equilíbrio entre conforto e feedback, mas parece que a direção elétrica prevalecerá nos próximos anos, deixando a hidráulica para trás.