O histórico Comboio Presidencial está de regresso à Linha do Douro, numa parceria inédita entre a CP, o Museu Nacional Ferroviário e o conceituado chef Chakall.
A possibilidade de viajar num comboio que, entre 1910 e 1970, transportou reis, papas, presidentes e chefes de estado regressa em 2024.
Foi revelado que o Comboio Presidencial iria fazer a sua última viagem em 2022, uma vez que o contrato entre o Museu Nacional Ferroviário e o empresário Gonçalo Castel-Branco chegou ao fim. Porém, com a responsabilidade do transporte a recair agora sobre a CP, a organização decidiu manter em funcionamento o projeto iniciado pelo empresário.
Comboio Presidencial
O comboio original remonta ao Comboio Real de 1890, tendo atravessado a monarquia, a 1.ª República e o Estado Novo com diferentes configurações, tendo como função oficial o transporte dos chefes de Estado. O último serviço oficial remonta aos anos 70 do século XX, ainda antes do 25 de Abril.
Em 2010, o comboio foi restaurado e começou a ser utilizado para fins turísticos. Atualmente, é composto por seis carruagens, algumas delas datadas de 1890, outras construídas nos anos 30 que foram compradas à Alemanha. No interior destacam-se os salões, salas privadas e cozinhas.
Quando não está a circular, o Comboio Presidencial pode ser visitado na Fundação do Museu Nacional Ferroviário, com sede no Entroncamento, cidade no distrito de Santarém.
De volta à Linha do Douro
No total, serão 10 viagens ao longo de 10 fins de semana que trarão a alma, a gastronomia e as histórias únicas da região do Douro nas suas carruagens. O comboio partirá da estação de São Bento e fará o trajeto até ao Pocinho, regressando ao ponto de partida nove horas depois.
Cada viagem destacará uma de 10 quintas do Douro, permitindo que cada uma delas apresente o melhor da sua produção, fazendo do Comboio Presidencial uma extensão da própria região. A experiência custa 750€ por pessoa e pode ser comprada nas bilheteiras da CP ou no site.
Uma viagem gastronómica
A bordo, os passageiros poderão saborear pratos, confecionados pelo Chef Chakall, que serão um mosaico dos sabores do Douro. Haverá ainda um prato principal preparado por cozinheiros locais, de restaurantes escolhidos pela autenticidade dos seus pratos, divulgando o que há de mais genuíno.
Por exemplo, na viagem experimental serviram pratos como sopa de castanha com pato confitado, tártaro de vitela mirandesa, cabrito à padeiro, cavaca com laranja e picolé de vinho do Porto.
Além disso, esta experiência contou com música ao vivo, pelo que se espera que as viagens definitivas tenham uma proposta similar.