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Imobiliário ou ações: qual o investimento com melhor retorno?

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Imobiliário ou ações? A resposta a esta questão assola muitos pequenos investidores que, apostados em rentabilizar o seu dinheiro, procuram um retorno significativo, mas qual será, afinal de contas, a melhor solução?

Se, por um lado, Portugal lidera destacado o ranking europeu do preço do metro quadrado, por outro, o investimento nas ações certas aliado a um certo risco pode garantir uma boa renda mensal sem se levantar do sofá.

Como se percebe, tudo irá depender, por exemplo, do estilo de investidor ou do capital disponível, mas existem critérios objetivos que se podem juntar a estes fatores para ajudá-lo a escolher a opção que lhe traga um maior retorno.

Imobiliário vs Ações: retorno, risco e liquidez

Retorno, risco e liquidez, três pontos essenciais para conseguir perceber qual o tipo de investimento em que se deve apostar.

No caso da comparação que nos traz aqui, Imobiliário vs Ações, é útil começar por dizer que ambos têm potencial de valorização, ainda que tal funcione de forma distinta nas duas, senão vejamos:

  • Rentabilidade

Exceto em investimentos em produtos de retorno garantido, como é o caso dos certificados de Aforro e do Tesouro, importa dizer que a rentabilidade no imobiliário e no mercado de ações irá variar em função do ciclo económico.

Ao passo que o investimento em imobiliário oferece, regra geral, rendimento estáveis, nomeadamente através do arrendamento, as ações podem apresentar uma maior volatilidade, mas, em contraponto, uma valorização mais rápida e pagamentos regulares dos devidos dividendos.

  • Liquidez

Além do retorno, a liquidez é outro dos pontos a ter em conta na comparação entre Imobiliário e Ações.

Enquanto um imóvel pode demorar semanas, meses ou até anos, aa ações são vendidas assim que dê o seu aval para tal, algo que acaba por tornar o mercado financeiro mais flexível.

Ainda no campo da liquidez, é importante pensar sobre despesas e fiscalidade associadas ao processo de investimento.

Por exemplo, no campo do Imobiliário, terá de contar com despesas notariais, comissões de intermediação, o IMT, o IMI e as tributações sobre rendimentos prediais, ao passo que no campo das Ações, terá custos com comissões de corretagem, taxas de mercado e tributação de 28% sobre as mais-valias.

Por último, deve, ainda, considerar os custos operacionais com manutenção e seguros, no caso de um imóvel, e a gestão da carteira de ativos, esta no caso das ações.

Regra geral, acaba por ter menos custos com o investimento em ações.

  • Risco

Todos os investimentos comportam riscos, embora alguns sejam menos dados a oscilações.

Numa situação como aquela em que estamos a passar de inflação elevada, especulação descontrolada e desregulação total do mercado, o Imobiliário apresenta uma taxa de risco diminuta e um retorno elevado.

Contudo, este ciclo, tal como já nos mostrou a Irlanda, vai acabar e a chamada “bolha imobiliária” vai rebentar levando a grandes perdas financeiras e falências em catadupa.

O mesmo acaba por poder acontecer com as ações. Quando em fase de expansão económica, setores ligados à Tecnologia ou à Saúde tendem a crescer.

No entanto, dado tratar-se de um mercado altamente desregulado, muitas vezes comparado a um casino, a probabilidade de perder o que investiu de um dia para o outro é muito grande.

Caso a sua escolha recaia sobre as ações, reduza o risco associado diversificando o seu portefólio de ativos tendo em atenção o ciclo económico vivido.

Perfis de ativos: quem ganha mais?

O tipo de ativo onde investir está diretamente relacionado com os objetivos que se tem em mente.

Por exemplo, quem procura obter um rendimento passivo a médio-longo prazo, irá beneficiar de colocar um imóvel no mercado de arrendamento.

Já quem procura uma valorização constante do seu capital, a opção pelo mercado de ações e os dividendos que daí podem colher será a mais indicada.

No meio-termo, encontramos quem procura equilíbrio e flexibilidade, a combinação de ambos poderá ser a solução mais inteligente.

Simular antes de decidir: dados e backtetsing

Antes de investir, recomendamos que teste as suas estratégias de modo a não só validar hipóteses, como também a reduzir o risco de decisões impulsivas baseadas em expectativas irrealistas.

Para ajudá-lo nesta tarefa, deve consultar imobiliárias e especialistas no mercado da habitação, bem como estar atento às políticas e novas iniciativas legislativas relacionadas com o tema (a construção de habitação pública reduz a especulação e baixa os preços dos imóveis).

A isto, junte um cálculo do retorno líquido estimado onde estejam incluídos todos os custos (como manutenção, impostos, seguros e gestão) e a avaliação da exposição a riscos específicos, como períodos de vacância ou desvalorização do imóvel.

No caso das ações, poderá utilizar, por exemplo, a plataforma da empresa de investimentos XTB que, para efeito de consulta e simulação, coloca à sua disposição ferramentas de backtesting e simulação baseadas em dados históricos reais.

Além de testar diferentes estratégias, poderá comparar desempenhos por setor ou região e ajustar variáveis como a alocação de capital, a periodicidade dos investimentos ou a gestão do risco permitindo-lhe, desta forma, perceber como uma determinada carteira de ações teria reagido a eventos passados, de crises financeiras a ciclos de crescimento, e como se comportaria em diferentes cenários de mercado.

Nunca é demais reforçar, independentemente do tipo de investimento que se proponha realizar, é fundamental que teste cenários com base em dados concretos de modo a ter uma ideia mais realista daquilo com que poderá contar no futuro e, assim, investir com confiança.

Conclusão: Imobiliário ou Ações?

Como já conseguiu perceber, não existe uma resposta clara e objetiva à pergunta do título, já que, dependendo de uma série de fatores, estes tipos de ativos podem, perfeitamente, coexistir na carteira de um investidor.

Caso queira apenas optar por um destes tipos de investimento, é essencial ficar com a ideia de que o mercado imobiliário oferece uma rentabilidade, ou uma possibilidade de rentabilidade, com menos riscos e durante um maior período de tempo, mesmo que possa ter maiores custos associados do que as ações.

Já se procura um retorno imediato, mas com mais risco associado, as ações, pela sua maior liquidez, menor barreira de entrada e possibilidade de diversificação internacional, podem ser a escolha mais acertada para si.

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