No dia 27 de dezembro (às 00:33, no horário de Portugal) ocorre a Lua Cheia a 4°58’ do eixo de Capricórnio-Caranguejo, que corresponde à culminação do ciclo lunar iniciado na Lua Nova de 12 de dezembro.
A Lua Nova em Sagitário proporcionou-nos a oportunidade de iniciarmos um novo ciclo de busca de significado para as nossas experiências e de direção para os nossos projetos. Chega agora o momento de olharmos objetivamente para os resultados desse processo, de modo a podermos fazer os ajustes necessários, durante a segunda metade do ciclo lunar.
Nesta Lua Cheia, o Sol em Capricórnio, apelando à autonomia e responsabilidade individuais, traz à luz as dependências afetivas e a resistência em sair da zona de conforto, representadas pela Lua em Caranguejo.
A Lua encontra-se no seu domicílio, o que facilita a manifestação dos fatores lunares. Acresce que a posição do Sol em Capricórnio é regida por Saturno, que transita em Peixes, signo de grande sensibilidade emocional.
A oposição dos luminares é intermediada por aspetos fluentes de Saturno (em Peixes) e Júpiter (retrógrado em Touro), o que, por um lado, permite-nos dar forma aos nossos ideais de modo maduro e responsável; e, por outro, promove a busca de conforto e estabilidade. Assim, renovar a direção dos nossos projetos, ou encontrar novos significados nas nossas experiências, pode estar a ser condicionado por fatores emocionais, como inseguranças pessoais, apego a formas habituais de fazer as coisas ou avaliar as situações, atitudes defensivas perante o que não nos é familiar.
Úrano (retrógrado em Touro) também faz aspetos à Lua e ao Sol, mas de forma desafiante, o que pode traduzir-se, quer em grandes flutuações de humor, quer em atitudes individualistas e obstinadas; e desafia-nos a rever os nossos valores e transformar aqueles que limitam a nossa visão da existência.
Assim, a proposta para este ciclo lunar, de ampliarmos a compreensão do significado das nossas experiências e melhorarmos o direcionamento dos nossos projetos, passa por agirmos com autonomia e assumirmos a responsabilidade pelas nossas escolhas, mantendo a capacidade de adaptação às circunstâncias e o contacto com as nossas emoções.