Por Cláudia Matias.
Mercúrio entra em Touro, no dia 3 de abril, onde terá um período retrógrado (entre 21 de abril e 15 de maio) que prolonga este trânsito até 11 de junho.
Com Mercúrio em signos de Terra, o nosso pensamento tende a dirigir-se mais para questões práticas e concretas. Em Touro, ganham maior relevância o conhecimento empírico e a aprendizagem consolidada pela prática.
O nosso pensamento, intercâmbio e interação podem ser muito guiados pelo pragmatismo, mas sem perder o contacto com a sensibilidade e a imaginação, afinal, Touro é signo de domicílio de Vénus e exaltação da Lua. E a nossa comunicação pode tornar-se mais cuidada e consistente.
Por outro lado, ao entrar em Touro, Mercúrio faz quadratura a Plutão (em Aquário), pelo que, podemos ter a tendência de defender obstinadamente as ideias baseadas na nossa experiência e conhecimento pessoal; e permitir que a necessidade de “ver para crer” limite a nossa perspetiva.
Este ingresso de Mercúrio ocorre quando Vénus também se encontra em Touro e em conjunção com Úrano. Este contexto, enfatiza as questões da coerência entre aquilo que expressamos e os nossos valores pessoais; e do valor do que pensamos, aprendemos e comunicamos. Nesta segunda questão, a influência de Úrano assume um papel muito relevante para discernirmos para além do valor prático e direto das nossas ideias e conhecimentos. Durante este trânsito de Mercúrio em Touro, podemos colocar-nos questões como as seguintes: “Que valor damos ao saber de experiência feito?”, “Quanto aprendemos com a vivência prática da realidade?”, “Somos tendencialmente céticos em relação a factos que desconhecemos?”, “Quão seguros somos das nossas ideias e quão teimosos somos a defendê-las?”, “Que cuidado temos com a coerência da nossa expressão e quão atentos estamos à coerência dos outros?”.