Marte é o primeiro planeta exterior à orbita da Terra e o último dos chamados planetas pessoais. A duração da órbita de Marte em torno do Sol (aproximadamente 23 meses) corresponde ao tempo médio que demora a percorrer o zodíaco. Logo, as conjunções de Marte ao Sol só ocorrem uma vez a cada dois anos, tal como as oposições.
O ciclo sinódico de Sol-Marte tem uma duração de cerca de 25 meses. Começa na conjunção de Marte direto com o Sol e culmina na oposição de Marte retrógrado com o Sol, a qual ocorre sensivelmente a meio do período retrógrado bienal de Marte.
O ciclo de Sol-Marte relaciona-se com o modo como direcionamos a nossa energia ativa, pelo que, a conjunção do Sol com Marte direto dá início a um novo ciclo ao nível da nossa ação e autoafirmação perante o exterior.
No dia 18 de novembro, a conjunção de Marte e Sol, a 25°36’ de Escorpião, dá início a um novo ciclo, que culmina com a oposição de 16 de janeiro de 2025, a 26°12’ do eixo de Caranguejo-Capricórnio, e termina a 9 de janeiro de 2026, com uma nova conjunção no signo de Capricórnio.
Neste início de ciclo, Sol e Marte fazem oposição a Úrano (retrógrado em Touro), mediada por aspetos fluentes da Lua e Plutão (em Capricórnio) e de Neptuno (retrógrado em Peixes); quadratura a Saturno (no início de Peixes) e semiquadratura a Vénus (em Balança).
A faculdade, que Marte em Escorpião nos proporciona, de dirigirmos a nossa força interior, com foco e persistência, para realizarmos os nossos objetivos pode, no âmbito deste ciclo, assumir uma grande inflexibilidade, quer se traduza na impulsividade das nossas ações ou num excesso de autocontrolo, sendo que ambos predispõem a reagirmos emocionalmente com rispidez ou agressividade perante as contrariedades.Devemos então aproveitar a grande força emocional que este contexto nos proporciona para lidarmos com as dificuldades e adaptarmo-nos às circunstâncias; fazer uso do nosso instinto para agirmos com sentido de oportunidade; reconhecer a importância das relações humanas e usar a nossa capacidade de conexão empática para conjugar os nossos objetivos individuais com o interesse comum.