O Sol ingressa em Capricórnio, no dia 22 de dezembro (às 03:37, no horário de Portugal), dando início à última estação do ano civil e ao último trimestre do ano zodiacal. É o solstício de inverno no hemisfério norte (e o solstício de verão no hemisfério sul).
O solstício de inverno marca a altura do ano em que ocorre a noite mais longa, a partir da qual a duração do período noturno vai diminuindo e a do período diurno vai aumentando. Assim, este solstício simboliza o triunfo da Luz, o renascimento do Sol; estando associado ao fim de um ciclo e ao início de outro, bem como, à aspiração de que o novo ciclo nos traga algo melhor.
Capricórnio é o signo cardinal de Terra e o último signo deste elemento, pelo que, representa a nossa ação para realizarmos algo no coletivo e, correlativamente, a ambição de obtermos realização através da nossa participação social (seja pela nossa atividade profissional ou outro papel social).
Mas a energia de Capricórnio é bem mais complexa, não podendo ser reduzida à nossa ambição social e necessidade de reconhecimento exterior. Este signo, onde o Sol ingressa na transição entre ciclos, tem uma natureza ambivalente que nos pede para conciliarmos dois apelos distintos: um de participação social e realização exterior, outro de recolhimento e reflexão, com vista a alcançarmos o equilíbrio entre o interior e o exterior, a sensibilidade e a responsabilidade, o individual e o coletivo, a espiritualidade e a materialidade.
Assim, a principal proposta do trânsito do Sol em Capricórnio, que decorre até 20 de janeiro de 2024, é a de, recorrendo à introspeção, tomarmos consciência do nível de alinhamento dos nossos objetivos de realização exterior com a nossa essência interior.
Este ingresso cardinal ocorre com o Sol em conjunção com Mercúrio, trígono com a Lua e Júpiter (em Touro) e sextil com Saturno (em Peixes) – uma combinação harmoniosa de energias de Terra e Água, racionais e emocionais, que nos possibilita o trabalho de reequilíbrio das nossas diferentes dimensões, necessário à expressão da nossa essência individual nas nossas realizações no coletivo.A questão essencial que este trânsito nos coloca pode ser, então, traduzida do seguinte modo: “Os valores e objetivos que seguimos refletem a nossa essência individual?”.