Por Cláudia Matias.
O ingresso de Vénus em Aquário acontece no dia 3 de janeiro, ficando sob a influência de Saturno (o que já acontecia quando transitou Capricórnio) e de Úrano. Como Saturno se encontra igualmente em Aquário e Úrano em Touro faz recessão mútua com Vénus, tende a verificar-se uma forte tónica aquariana ao nível dos nossos gostos, valores e expressão afetiva.
Vénus em signos de Ar promove a valorização das ideias e das relações. Em Aquário, predispõe a que valorizemos mais a liberdade, a igualdade, a amizade e a partilha de ideias. O estímulo intelectual e a afinidade de interesses tendem a assumir maior relevância nos nossos relacionamentos afetivos. E podemos sentir uma maior atração pelo que é diferente ou tem um carácter de aventura (aspeto favorecido pelo sextil de Vénus a Júpiter em Carneiro).
O posicionamento de Vénus em Aquário propicia o destacamento das questões emocionais, mas a conjunção a Plutão (no final de Capricórnio), aquando deste ingresso, coloca a foco no modo como lidamos com as nossas necessidades afetivas: evitando o envolvimento emocional, pelo medo de sermos magoados ou de perdermos a liberdade individual (indicado pelas ligações de Vénus com Quíron e Úrano), com valores mais individualistas e atitudes de frieza relacional; precisando de ligações emocionais fortes e estáveis (sugerido pelo trígono de Vénus à Lua, no último grau de Touro), com o risco de fixidez e não-aceitação das mudanças nas relações; ou vendo o outro como alguém igual a nós e respeitando a liberdade individual de ambos para ser e evoluir (na melhor aceção de Vénus em Aquário).
De qualquer modo, o trânsito de Vénus em Aquário, até 27 de janeiro, é bem mais propício para fazer amizades e estabelecer novos contactos, do que para assumir compromissos afetivos. É também um período para valorizar as ideias inovadoras e a visão do futuro, discernindo para além do que nos satisfaz em cada momento.
Estas são algumas questões que Vénus em Aquário pode trazer-nos: “Quanto valorizamos a liberdade, a igualdade e a fraternidade?”, “Qual a importância da partilha de ideias e interesses nas nossas ligações afetivas?”, “Com que facilidade nos permitimos sentir e estar em contacto com as nossas emoções?”.