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Compensa comprar um carro elétrico?

Compensa comprar um carro elétrico?

Compensa comprar um carro elétrico? Esta é uma pergunta que cada vez mais portugueses se fazem em face não, mas particularmente, face à constante subida dos combustíveis fósseis, ao previsto fim dos carros a gasóleo e, claro, está a uma maior consciencialização para a problemática do aquecimento global e das alterações climáticas daí decorrentes.

Se os preços dos automóveis movidos a energia elétrica e o problema da falta de postos de abastecimento específicos para este combustível faziam da compra de um carro elétrico um negócio não muito atraente, segundo um recente estudo da DECO (Associação de Defesa do Consumidor), a verdade é que comprar um automóvel deste tipo já compensa.

De acordo com a DECO, os carros elétricos do segmento pequeno e médio comprados hoje “são a opção mais barata para muitos consumidores e a melhor escolha ao longo da vida do veículo”. Entre os fatores que sustentam esta conclusão estão, segundo afirma a organização, a poupança e a sustentabilidade ambiental que a compra deste tipo de veículos garante ao consumidor.

Poupança entre 6 e 12 mil euros

Em comparação com os carros a gasóleo, quem faz mais de 25 mil quilómetros por ano e pretenda manter o automóvel por um período de seis anos, um elétrico de segmento médio permite economizar entre 6300 euros, enquanto a mesma comparação feita em relação a modelos a gasolina indicam uma poupança na ordem dos 12600 euros.

Esta poupança é acentuada se, como refere o estudo, for proprietário de um elétrico em segunda e terceira mão, pois sofre menor desvalorização e beneficia ao máximo dos baixos custos de energia e de manutenção”.

Neste particular, por exemplo, um carro elétrico não precisa de manutenção frequente pela redução de componentes de desgaste rápido (associadas ao motor e caixa de velocidades) e pode consumir desde €1,49 por 100 quilómetros com o Plano Mobilidade Elétrica Verde, enquanto as opções a diesel e a gasolina consomem no mínimo, respetivamente, €7,60 e €10 pelos mesmos 100 quilómetros.

No caso de automóveis elétricos de maiores dimensões, a DECO afirma que só passará a ser compensatório comprar um a partir de 2023, com a redução expectável do custo de aquisição e a aproximação aos veículos idênticos de outras tecnologias.

Para o cálculo destes valores, a associação de defesa do consumidor considerou os custos com a utilização e propriedade dos veículos elétricos, como o preço de veículos e a depreciação do mercado; os custos e o consumo de combustível/eletriticidade; os impostos, como o ISV, registo e IUC; e ainda os custos de seguro e manutenção.

É importante notar que, apesar de concluir que o carro elétrico apresenta o custo de posse e utilização mais baixo, o estudo não teve em conta os incentivos à compra de veículos elétricos existentes, como é o caso do Fundo Ambiental e o estacionamento público gratuito em alguns Municípios, e que se podem assumir como mais um ponto a favor deste tipo de automóveis.

Autonomia das baterias: Compensa comprar um carro elétrico?

Apesar das poupanças que referimos anteriormente, a autonomia das baterias elétricas continua a ser uma das questões que mais preocupa quem está indeciso entre um veículo convencional a gasolina/diesel e um veículo elétrico.

Neste aspeto, os modelos 100% elétricos mais recentes já apresentam níveis de autonomia atrativos, existindo no mercado veículos com mais de 300 quilómetros de autonomia, contando com uma condução que permita tirar o máximo partido do sistema de regeneração nas travagens, mas não se esqueça: a utilização de funcionalidades como o ar condicionado reduz a autonomia prevista.

No caso dos híbridos plug-in, a autonomia é bastante mais reduzida, porque as baterias são mais pequenas podendo, estes modelos, rondar os 50 quilómetros de autonomia, em modo exclusivamente elétrico. A vantagem é que também demoram menos tempo a carregar.

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