Quantcast
FinançasFinanças PessoaisNacional

SPAC: uma nova forma de entrar no mercado bolsista!

SPAC

Não é um enfático “abracadabra” ou um esperançoso “Abre-te Sésamo!”, mas o mais comedido SPAC vai ajudá-lo a entrar no volátil e, por vezes, complexo, mundo da bolsa de valores com o pé direito.

O que é uma SPAC?

Criadas no paraíso neoliberal Estados Unidos da América nos anos 80 para acelerar o processo de entrada em bolsa das empresas, as SPAC (Special Purpose Acquisition Company –  “empresa com especial propósito de aquisição”) são, na prática, empresas “veiculo” cujo único propósito para a sua existência é a aquisição de outras empresas com vista à sua futura cotação em bolsa.

Como referimos, tratando-se, na prática de sociedades veiculo, estas SPAC não produzem nem vendem qualquer bem, apenas se destinam a captar capital para a aquisição.

Dentro do âmbito das empresas a adquirir contam-se, essencialmente, pequenas empresas e startups.

Nota: Ao contrário do que acontece nos Estados Unidos da América, em Portugal, as SPAC ainda não estão regulamentadas, embora a CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários – enquanto entidade responsável pela supervisão do mercado de capitais português, esteja a dar passos nesse sentido dado o interesse revelado.

Por norma, uma SPAC nasce com um grupo de investidores de “gabarito” especializados num determinado setor. O que acontece de seguida assemelha-se a um “peditório para as festas da aldeia”, já que a estes “mordomos”, chamados “patrocinadores”, assiste a tarefa de angariar outros investidores para que se possa juntar o capital suficiente para adquirem uma dada empresa.

Dizemos “uma dada empresa” porque, aquando da angariação de fundos, esta sociedade de investidores ou “grande vaquinha”, ainda não sabe qual a empresa a adquirir.

À empresa a adquirir dá-se o nome de “empresa alvo” e, depois de angariado o capital necessário, a SPAC irá fundir-se com ela e entrar em bolsa. Contudo, existe um prazo limite para que a aquisição se dê e que é, normalmente, de dois anos.

Isto é, depois da angariação de capital, a SPAC tem dois anos para concretizar a aquisição, mas caso isso não se verifique, o dinheiro é devolvido aos investidores que entraram na “vaquinha”.

Vantagens das SPAC para os investidores

Se ambiciona entrar no mercado bolsista e tem dinheiro para investir, as SPAC podem ser um bom passaporte.

Uma das primeiras vantagens de investir nestas sociedades veículo é a garantia de que o seu dinheiro lhe será restituído se o negócio de aquisição não se concretizar no final do prazo de dois anos. Isto é, o risco que uma SPAC carrega é relativamente limitado.

Para além disto, ao investir numa SPAC terá direito de voto nas assembleias em que se decida a aquisição de uma determinada empresa. Por exemplo, se não concordar com a aquisição de uma empresa, poderá sair imediatamente da sociedade e levantar o capital que investiu.

De referir que o capital de uma SPAC é divido em ações que são repartidas pelos investidores de forma proporcional ao que investiram. Daqui advém mais uma vantagem, uma vez que durante o processo de procura de uma empresa alvo, os investidores poderão negociar as suas ações e recuperar o capital investido.

Subscreva para receber o mais recente conteúdo sobre finanças e campanhas especiais.

Related posts
FinançasInvestimentosNacionalNegócios

RCBE: saiba tudo sobre o Registo Central do Beneficiário Efetivo

FinançasFinanças PessoaisNacionalSeguros

Seguro de Vida: IAD ou ITP – qual opção escolher?

FinançasFinanças PessoaisNacionalSubsídios

Subsídio de Alimentação: o que precisa saber

FinançasFinanças PessoaisNacional

Arrendamento Jovem Porta 65: O que muda em 2024?