Apesar do arrendamento se ter disseminado na sociedade, o sonho de muitos portugueses continua a ser construir casa própria. Entre as razões que levam tantos portugueses a optar por arrendar casa em detrimento de construir uma moradia prende-se, como é razoável prever, com os custos muitas vezes incomportáveis e um tempo de espera que a maioria das pessoas não tem.
Contudo, o preço final e o tempo de construção não é estanque, isto é, estes dois elementos variam consoante o tipo de materiais utilizados e da tipologia de habitação pretendida. Para se ter uma noção do que acabamos de dizer, construir uma moradia com 2 pisos e 100m² pode ficar entre 95 e 120 mil euros, enquanto a construção de uma casa de madeira ou pré fabricadas com 180m² pode andar entre os 100 mil e os 180 mil euros.
Quanto custa construir uma casa?
Para além da tipologia da habitação, para responder à pergunta “quanto custa construir uma casa?” é necessário adicionar outros fatores que terão influência no preço final, como é o caso do tipo de construção, da localização, do terreno, dos acabamentos e das licenças.
Comecemos pelos materiais:
- Tipo de construção e assoalhadas
Casas mais “pesadas” estruturalmente como aquelas que são construídas em betão e tijolo não só demoram mais tempo a ficarem acabadas, como acabam por ficar mais caras do que uma habitação modular com divisões pré feitas.
O número de assoalhadas também pesa no orçamento, uma vez que irá influenciar o tamanho da sua casa, sendo que se optar por uma habitação de grandes dimensões, tal irá pesar mais na sua carteira.
- Localização
A localização geográfica da sua casa terá um peso considerável no preço final da moradia. Por exemplo, a construção de uma casa perto da praia e de uma cidade (especialmente se for perto das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa) tem todas as condições para que seja mais cara do que uma construída no interior do país dada a diferença de preço por metro quadrado praticado nas grandes cidades do litoral e no resto do território português.
- Terreno
Para além da localização da sua casa, o preço final será influenciado pelo terreno que escolherá para a construir. Esta é, por norma, a primeira grande despesa que alguém enfrenta quando quer construir uma casa e deve ser, sempre, acompanhada de ponderação, uma vez que se o terreno não for adequado à partida, poderá precisar de investimento adicional para resolver problemas como lençóis de água, corrigir declives (o que envolve movimentação de terras), entre outros.
Convém ainda verificar se o terreno está em área autorizada para construção e se tem ligações a linhas de tensão elétrica e saneamento básico, pois caso o terreno não possua estas infraestruturas básicas terá ainda de juntar este custo extra ao orçamento final.
- Licenças
Para poder construir a sua casa, irá necessitar de licenças de construção e habitação e respetivos registos. Estes registos e licenças têm custos e impostos inerentes que variam de município para município e de habitação para habitação.
- Acabamentos
Para que possa, de facto, chamar lar à sua casa, existem outros custos de construção que terá de levar em conta, nomeadamente o isolamento térmico da casa, caixilharia e acabamentos em portas e janelas ou ainda a instalação de um sistema de aquecimento.
Estes custos podem ser ainda mais altos se procurar que o seu imóvel obtenha uma certificação energética “A+” que representa o melhor desempenho e maior poupança, uma vez que vai exigir melhores materiais de construção.
Apesar deste tipo de investimento representar um custo mais elevado numa perspetiva inicial, a longo prazo poderá resultar em poupanças significativas, nomeadamente na fatura da eletricidade.
Conclusão
Como se percebe, é difícil dar um valor final e objetivo para a pergunta “quanto custa construir uma casa?”, uma vez que este valor depende dos vários fatores que referimos. Contudo, do estudo do mercado português, podemos dizer-lhe que o preço médio para construir casa em Portugal é de cerca de 96 mil euros podendo oscilar entre os 50 mil e os 200 mil euros, valores que também se aplicam à tipologia T3 que, por norma, a maioria dos portugueses procura.