Segundo a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações), o preço médio para um pacote de telecomunicações que englobe TV, Internet e telemóvel ronda os 45 euros, valor que acaba por representar, para a maioria das famílias portuguesas, uma despesa que pesa de sobremaneira no orçamento mensal.
Face ao aumento do custo de vida, muitos portugueses vêm-se obrigado a tomar decisões de poupança que, não raras vezes, implicam o corte em despesas que entendem ser supérfluas ou a renegociação de contratos no intuito de conseguirem um preço mais baixo por um pacote de telecomunicações, por exemplo.
Se a ideia de abdicar, de todo, de um pacote de telecomunicações está posto de parte pela importância que estes serviços têm no dia-a-dia profissional e pessoal de cada consumidor, resta a renegociação do pacote ou, de forma mais drástica, a mudança de operadora, mas qual delas destas hipóteses permitirá poupar mais?
Renegociar o tarifário ou mudar de operadora, qual destas ações mais compensa? A resposta segue de seguida.
O que ter em conta?
Antes de lhe darmos a conhecer os prós e contras de uma renegociação de tarifário ou de uma mudança de operadora, é importante ter em mente não só o montante que pretende poupar e poderá ficar a pagar, mas também ter claro o que pretende em termos de serviços.
Assim, quando empreende uma ação deste tipo para aumentar a sua poupança, deve começar por perceber que custos estão presentes na mudança de tarifário, nomeadamente aqueles relacionados com o período de fidelização.
Como os pacotes de serviços de telecomunicações estão em constante mudança, será, igualmente, importante estar atento, por exemplo, aos canais que pretende manter, quantos cartões SIM necessita e avaliar se vale a pena aderir a serviços de streaming.
Com isto em mente, chegou a altura de verificar se vale apena mudar de operadora ou, ao invés, renegociar as condições do seu tarifário.
Comecemos por analisar a mudança de operadora.
Mudança de Operadora: o que esperar?
Caso se decida a mudar de operadora, a primeira coisa a ter com que se preocupar, como já referimos no ponto anterior, é o período de fidelização.
De acordo com o estipulado na lei portuguesa, o período de fidelização em contratos de telecomunicações têm um prazo limite de 24 meses, 2 anos, existindo, inclusive, operadoras que oferecem fidelizações entre 6 e 12 meses ou até sem qualquer prazo.
Nas contas que devem sempre estar na sua cabeça, é importante contar, ainda, com possíveis custos associados à mudança.
Caso ainda esteja dentro do período de fidelização e quiser mudar de operadora, existem custos associados, entre os quais se contam o custo de instalação do equipamento, algo que poderá obrigá-lo ao pagamento de entre 200 e 300 euros (sendo que é obrigação da operadora informá-lo desta despesa no contrato), bem como o valor relativo à rescisão contratual.
Uma vez acutelados estes pontos, é ainda necessário que saiba:
- O tipo de velocidade de internet desejada;
- Se pretende ou não ter telemóveis associados a este pacote;
- A quantos canais deseja ter acesso, entre outros fatores.
Só depois do cruzamento de todas as estas variantes e respetivos custos, poderá avaliar se a mudança de operadora lhe vai compensar, mesmo que tal implique o pagamento das despesas relativas à rescisão contratual.
Renegociação/mudança de Tarifário: será que compensa?
Como vimos, a opção de mudar de operadora só poderá ser compensatória se não existir período de fidelização ou se o prazo acabar em breve. E no caso da renegociação/mudança de tarifário? Será esta uma ação que o vai compensar do ponto de vista financeiro?
Em primeiro lugar, é importante saber que, caso ainda se encontra contratualmente ligado a um pacote com Internet, Telefone e TV (ou uma combinação destes), não poderá mudar uma parte dos serviços para outro tarifário.
Ou seja, caso, por exemplo, o seu serviço de Internet esteja dentro do seu pacote de telecomunicações, não o poderá mudar isoladamente para outro serviço.
Deste modo, se pretender efetuar uma mudança de tarifário, deve mudar todos os serviços que possui. Se, a isto, acrescer o facto de estar abrangido pelo período de fidelização, poderá mesmo ter que pagar o valor das ofertas sobre o número de meses de fidelização em falta.
Assim, neste tipo de situação, a alternativa que lhe resta é tentar renegociar os valores do pacote atual.
Por exemplo, será mais simples e rápido mudar de um tarifário de telemóvel pré-pago para outro pré-pago. Poderá, no entanto, ter de pagar um valor que oscila entre os 6 e os 8 euros por esta mudança.
Renegociar o tarifário ou mudar de operadora: qual compensa mais?
Face a tudo o que expusemos, afinal de contas compensa mais mudar de tarifário ou de operadora?
A resposta a esta pergunta irá depender sempre, como já referimos, da existência, ou não, de período de fidelização, e das cláusulas relativas à rescisão do contrato, mas não só.
Além destes fatores, terá ainda de contar com o tipo de pacote de telecomunicações que pretende contratar e daquilo que este oferece.
Imagine que o seu período de fidelização junto da sua operadora de telecomunicações está perto do fim, mas deseja manter-se seu cliente na mesma, mas com um pacote mais atrativo financeiramente. Neste caso, mudar de tarifário irá compensar financeiramente.
Contudo, no caso de uma mudança de operadora, esta ação irá colocá-lo diante de um maior leque de opções, o que, se não se encontrar perante um período de fidelização, tal poderá levá-lo a poder usufruir de uma oferta não só mais económica, como também mais em linha com os seus gostos e necessidades.
Na dúvida, analise sempre todo o mercado procurando ter uma especial atenção aos seus gastos atuais e aos serviços oferecidos pelas variadas opções que encontra no mercado português de telecomunicações.
Para facilitar a sua vida, recomendamos que visite o site da DECO Proteste ou site da ANACOM e faça uso dos simuladores de pacotes de telecomunicações que lá pode encontrar para poder encontrar os preços e pacotes mais competitivos na sua área de residência.
