O mundo do trabalho está cheio de desafios. A concorrência entre trabalhadores é muita. Muitos deles apresentam a mesma escolaridade, o mesmo percurso académico, demonstrando competências similares. Mas há habilidades que os Recursos Humanos valorizam…
Os conhecimentos adquiridos num ramo profissional, na universidade ou num curso profissional são importantes. No entanto, os saberes aprendidos e as competências ganhas são partilhados por todos os que fizeram o mesmo percurso. Deste modo, muitas pessoas apresentam qualidades semelhantes.
Quem lidera o departamento de Recursos Humanos lida com esta realidade. Ora, para contornar as semelhanças e escolher a melhor opção para integrar os quadros de uma empresa, estes responsáveis tendem a procurar pessoas que apresentem determinadas competências. Reunimos um conjunto de habilidades que os Recursos Humanos valorizam.
Comunicação assertiva
Um bom trabalhador é mais eficiente quando apresenta uma comunicação assertiva. Ter bons conhecimentos e competências é importante, mas sem a capacidade de se expressar adequadamente, muito se perde.
É fundamental comunicar bem, ser direto e claro. Isso permite que a mensagem seja compreendida, seja pelos colegas, seja pelos clientes. Saber apresentar as suas ideias e opiniões (por exemplo, conseguir explicar “quando” e “como”), com respeito pelo espaço do outro, é essencial.
Uma boa comunicação não se resume à oralidade. A comunicação não verbal também deve ser valorizada.
Uma técnica de comunicação que permite que alguém se distinga dos demais consiste em saber fazer uma escuta ativa. Trata-se de algo que implica garantir que o ouvinte interpreta e compreende o significado das mensagens que são passadas.
Trabalho em equipa
O trabalho em conjunto implica a humildade de reconhecer que “juntos somos mais fortes”. Colaborar com outros por um objetivo em comum requer um espírito de equipa saudável, saber ser flexível, valorizar as ideias do outro.
É importante identificar os conflitos existentes, resolver os problemas e adaptar-se às necessidades em função de alcançar determinadas metas.
Relacionamento interpessoal
Esta competência garante que alguém se destaque entre os demais. Não basta saber o que dizer e como o fazer. A criação de um bom ambiente é também algo que contribui para o desenvolvimento da empresa. A criação de laços afetivos promove uma ligação ao espaço e às pessoas.
Saber criar empatia é algo que ajuda a passar a mensagem, a obter a confiança do outro. Não basta dizer as coisas certas. É indispensável usar a linguagem adequada para a mensagem ser bem passada.
Ter cuidado com o que se diz e como se diz é fundamental. Alguém que pretenda demonstrar conhecimentos não deve dizer mentiras, nem falar do que não sabe.
Aprendizagem contínua
Ter a capacidade de aprender continuamente é benéfico. Manter a curiosidade de um estudante, mesmo quando já se dominam alguns conhecimentos, permite-nos um desenvolvimento interrupto.
Uma pessoa que goste de desafiar-se e procurar novos objetivos progride. Alguém que aproveita as oportunidades que lhe surgem para aprender coisas novas evolui.
Um trabalhador que se empenhe em assegurar a sua aprendizagem contínua, que procure estar bem informado, que está interessado em fazer da melhor forma o seu trabalho, que frequenta cursos para atualizar os seus conhecimentos, está no bom caminho.
Capacidade de adaptação
Um trabalhador com capacidade de se adaptar às necessidades da empresa revela-se um ativo indispensável. Saber lidar bem com as mudanças é uma ferramenta fundamental, porque o quotidiano de uma entidade empresarial pode ser feita de transformações.
Uma reação positiva e assertiva do trabalhador promove um desenvolvimento que será do agrado de todos.
Proatividade
A falta de proatividade é um dos grandes problemas do trabalhador. Alguém que não consiga ir à procura da solução de um problema e espera que a resposta lhe seja concedida apenas perderá tempo.
Alguém proativo não tem todas as respostas. No entanto, não se limita aos conhecimentos teóricos. Gosta de planear, perspetiva problemas e propõe soluções. Tem uma capacidade analítica que lhe permite decidir, visando alcançar os objetivos. Nem sempre o consegue, mas não fica parado.
Liderança
Nem todas as pessoas sabem liderar. Muitas não têm capacidade de liderança e fogem dessa responsabilidade. Quem sabe liderar sabe que parte das suas funções é saber delegar. Procurar extrair o melhor de cada elemento da equipa.
A liderança é um talento que está ligado a outras das competências aqui apresentadas. Um bom líder pode apresentar algumas das softs skills mencionadas. Um bom líder é alguém que gera sentimentos e emoções nos outros.
A comunicação assertiva e a empatia de um líder promove o trabalho em equipa e ajudará os outros a lutarem por resultados positivos (individuais e coletivos).
Alguém com espírito para liderar valoriza a aprendizagem contínua e a escuta ativa. Sabe da importância dos conhecimentos. Não basta estar presente. É necessário fazer um acompanhamento adequado dos liderados. Saber mostrar como se faz.
Para se ser um bom líder, não é necessário ter um cargo de gestão para se demonstrar a liderança. Reflete-se na forma de atuar. Ela pode ser demonstrada independentemente do cargo ou da função que a pessoa apresente.
Conclusão
Esta é uma lista de habilidades que os Recursos Humanos valorizam. Nem sempre se encontra um CV que as reflita. As entrevistas podem ajudar os especialistas a avaliarem se o entrevistado para a vaga de emprego apresenta ou não algumas destas softs skills.
Ora, quem tem estas competências bem desenvolvidas sobressai na entrevista ou no desempenho das suas funções. Estas qualidades também ajudam quem tem ambição e quer ascender na carreira.