O nosso país tem uma riqueza infindável. Muitas pessoas constatam como Portugal apresenta um território rico, quando ousam fazer algumas rotas. Em território nacional, podemos realizar um conjunto de rotas que nos garantem bons momentos. Contudo, nada haverá como a Rota Vicentina. Independentemente do modo como se faça o percurso (a pé, de bicicleta, sozinho ou acompanhado), fazer a Rota Vicentina garante-nos uma experiência maravilhosa num destino absolutamente encantador.
O cenário da Rota Vicentina
Fazer a Rota Vicentina revela-se uma experiência especial, porque nos coloca perante um cenário com uma beleza singular no nosso país. O percurso é realizado numa das zonas costeiras mais bem preservadas da Europa.
A beleza das arribas recortadas reivindica protagonismo em muitas das paisagens encontradas ao longo do percurso. O grande problema de percorrer a Rota Vicentina são as inúmeras razões que se encontram para nos fazer querer encontrar um local para ficar a morar…
As características da Rota Vicentina
A Rota Vicentina permite-nos atravessar as regiões do Algarve e do Alentejo. Portanto, áreas emblemáticas do nosso país. A Rota Vicentina encontra-se devidamente sinalizada. Esta rota pode ser percorrida nos dois sentidos, em segurança e com autonomia.
Esta grande rota pedestre estende-se ao longo de 400 quilómetros. No Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina que serve de palco para esta experiência há vários pontos de interesse, nomeadamente os dois percursos principais: o Caminho Histórico, o Trilho dos Pescadores e vários Percursos Circulares.

Autonomia
A programação fica ao nosso critério. Por isso, pode ser adaptado conforme as nossas preferências ou condições físicas. Cada etapa tem a sua distância (nunca superando 25 km) e os seus encantos, confirmando a diversidade de paisagens da Rota Vicentina.
Muitas pessoas optam por seguir a rota de forma sequencial, fazendo o percurso em vários dias, pois é possível reservar um lugar para dormir numa das diversas unidades de alojamento associadas à rota.
Realizar a Rota Vicentina proporciona-nos um conjunto de experiências. Entre as mais populares está a oportunidade de visitar o património monumental que se encontra à disposição. A Rota permite atravessar duas regiões famosas pela sua gastronomia, Alentejo e Algarve. Por isso, pode aproveitar o momento para saborear os seus deliciosos petiscos.
- O “Trilho dos Pescadores”
Este trilho é feito sempre junto ao mar. O percurso exclusivamente pedestre estende-se ao longo de 111 quilómetros e é exigente. O trilho realiza-se entre Porto Covo e Odeceixe, por caminhos de acesso a praias e pesqueiros.
O “Trilho dos Pescadores” encontra-se organizado em 4 etapas e existem cinco percursos complementares. Este trilho revela-se um constante desafio. Além do vento do mar, a experiência implica lidar com a Natureza selvagem e persistente.
- Caminhos circulares
Embora o Caminho Histórico e o Trilho dos Pescadores sejam experiências clássicas para conhecer a imensa riqueza da Rota Vicentina, há outras opções a considerar.
A realização de um dos 24 Percursos Circulares é uma das melhores formas de se estrear na Rota Vicentina. Estes percursos permitem percorrer um total de 263 km, encontrando-se entre Santiago do Cacém e Lagos.
Os caminhos circulares podem ser feitos nos dois sentidos, com autonomia. Estes percursos em círculo permitem-nos realizar trajetos curtos com início e final no mesmo local, facilitando-nos o processo de descoberta das riquezas desta rota singular.
A realização de um dos caminhos circulares pode durar entre 1h30 e 5h30, representando meio dia de caminhada, num máximo de 16 km. Os amantes de BTT também podem consultar a rede de percursos de bicicleta.
- O “Caminho Histórico”
Esta Grande Rota estende-se ao longo de 230 km, num percurso que parte de Santiago do Cacém e culmina no Cabo de São Vicente. Existem 12 etapas que permitem a passagem por diversos pontos de interesse.
Esta rota que atravessa caminhos florestais, vilas e aldeias históricas pode ser percorrida a pé ou de bicicleta. Existem troços de montado, serra, vales, rios e ribeiras num percurso repleto de paisagens com cenários verdadeiramente arrebatadores.
Curiosidade
Sabia que a Rota Vicentina tem trilhos “Leading Quality Trails – Best of Europe”? Desde 2016 que o Caminho Histórico tem esse certificado (distinguido pela European Ramblers Association) que permite assim uma honrosa integração no exclusivo lote dos melhores destinos de caminhada na Europa.
Quando fazer a experiência?
Idealmente, recomenda-se a realização da rota entre os meses de setembro a junho. As condições climatéricas ajudam a garantir uma experiência mais agradável.
Consultar mapa interativo, aqui.
Tem um espírito aventureiro indomável e sente o fascinante apelo da Natureza selvagem? Então, prepare a sua viagem pela Rota Vicentina, comece a aprofundar os seus conhecimentos sobre o percurso e viva uma experiência absolutamente mágica por um Portugal no seu estado mais puro!
Nesta experiência, poderá tirar muitas fotografias fascinantes para partilhar nas redes sociais. Contudo, a Rota Vicentina é muito mais do que uma viagem pelo que de melhor Portugal tem para se conhecer. Permite enriquecer-nos a diversos níveis, nomeadamente o auto-conhecimento.
Haverá diversos momentos destinados à reflexão. Aproveite para encontrar a melhor versão de si mesmo. Posteriormente, tenha a generosidade de partilhar a sua experiência com familiares e amigos e inspire outros a trilhar o mesmo caminho de descoberta.
