O mundo está em transformação constante. Todos os mercados conhecem progresso, através da inclusão de novas tecnologias e da introdução de novas ideias. Atualmente, as marcas reconhecem maior poder aos seus clientes.
Elas sabem que é necessário apresentarem uma forma de estar que os represente verdadeiramente pois, se não se sentirem representados, podem escolher outras marcas.
Hoje em dia, há uma maior consciência da importância da sustentabilidade. Essa tendência tem sido evidente em diversos setores de atividade, nomeadamente na moda inclusiva e ética.
A visão que promove a preservação do planeta está a conquistar cada vez mais marcas que reconhecem que é inevitável haver uma mudança de comportamento geral. Geralmente, quando se pensa em moda, raramente se pensa nos seus efeitos.
A ideia de estar a par de tendências faz-nos querer saber o que está a dar, o que se deve comprar. Queremos saber o que devemos vestir, para nos sentirmos bem connosco e integrados.
O que é a moda inclusiva e ética?
O conceito de fast fashion imperou ao longo do tempo. Contudo, há marcas que apresentam outra filosofia, outra forma de pensar e de agir. O consumidor consciente pode fazer a diferença e levar as grandes empresas a perceberem que há a necessidade de mudar métodos de produção e modelos de negócio.
A moda sustentável está a ganhar o seu espaço. No setor da moda, também se encontram muitas marcas a abraçarem o desafio de atuar na defesa da Natureza. A sustentabilidade já é o presente para marcas e empresas do mundo da moda que pensam no futuro, na criação de um planeta mais verde.
As empresas não se devem cingir a apresentar coleções com gamas de produtos sustentáveis. Também devem incorporar a sustentabilidade em diferentes fases do negócio e integrar os valores e princípios que regem as suas atividades.
Atualmente, a moda inclusiva tem conquistado adeptos. Trata-se da prática de criar roupas que atendem a todos, existindo peças para todas as formas, tamanhos e identidades. Ela permite que mais pessoas encontrem peças que realmente se encaixem nelas, independentemente das respetivas características físicas ou sociais.
Marcas que promovem diversidade e responsabilidade ambiental
Na indústria da moda, já há marcas que espelham esta visão, que promovem a diversidade e a igualdade. A moda inclusiva não é uma tendência. Consiste numa necessidade. Uma forma de pensar exigida pelos consumidores mais exigentes.
A moda acessível promove mudanças sociais e culturais que refletem uma transformação a que se está a assistir na indústria fashion que visa democratizar o acesso a estilos variados e adaptados.
A moda sempre serviu para refletir culturas e tradições mundiais. Ao longo da história da moda, o vestuário foi usado como um espaço para partilhar histórias, crenças e identidades.
Nesta era global em que vivemos, a diversidade cultural desempenha um papel determinante na indústria da moda, o que permite que o design de roupas apresente estilos, tecidos e técnicas oriundos de várias partes do planeta.
A integração global está presente em várias marcas que espelham essa diversidade de influências. A fusão de culturas é enriquecedora e permite fomentar na moda criações inovadoras, inclusivas e culturalmente ricas.
No presente artigo, iremos apresentar exemplos de moda inclusiva e ética, apresentando marcas que promovem diversidade e responsabilidade ambiental.
Kering / ASOS
As marcas Kering / ASOS estão na vanguarda da moda inclusiva e acessível. Elas promovem linhas de roupas que atendem a uma diversidade de consumidores. Nos seus processos de produção, Kering e a ASOS fazem questão de implementar práticas sustentáveis e éticas.
Recentemente, foi notícia que esta marca lançou roupa adaptada a deficientes físicos. A iniciativa da ASOS surgiu de uma parceria realizada com a atleta paralímpica e repórter Chloe Ball-Hopkins
Tommy Adaptive by Tommy Hilfiger
Tommy Hilfiger foi uma das marcas pioneiras no mercado de moda inclusiva. Esta marca americana foi criada em 2016, visando dar resposta às necessidades específicas de faixas etárias mais elevadas. Tommy Adaptive é a linha de moda adaptada da Tommy Hilfiger.
Foi lançada uma coleção específica para crianças com mobilidade reduzida e deficiência física. Esta linha promete assegurar funcionalidade, sem prescindir do estilo ou da qualidade das suas peças.
O sucesso da Adaptive permitiu que hoje apresente peças tanto para o público infantil, como para adultos.
Target
A acessibilidade na Target surgiu direcionada a crianças neurodiversas e com dificuldades de mobilidade, por exemplo autistas. As peças desta marca primam pela facilidade de serem vestidas. Os tecidos utilizados nas peças da Target revelam-se bastante confortáveis. Atualmente, a linha estende-se ao público adulto.
Equal
A Equal é uma marca brasileira. Silvana Louro pretendia criar peças para paratletas, por via da dificuldade em encontrar peças adequadas aos seus corpos. Atualmente, a marca desta estilista carioca apresenta diversas peças, até tem acessórios criados especificamente para esse público frequentemente esquecido pelas grandes marcas.
Nnormal
A Nnormal foi fundada por Killian Jornet, em 2022. O ultramaratonista catalão e ativista ambiental fundou esta marca de desporto outdoor que visa transformar o mercado do calçado e equipamento desportivo por dentro. A Nnormal lança coleções limitadas, unissexo e sempre com itens criados para durar.
Fjällräven
Esta marca é originária de Örnsköldsvik, uma pequena cidade da Suécia. Esta empresa de vestuário e equipamento de exterior compromete-se em apresentar produtos de longa duração.
Os itens da Fjällräven são criados para durar décadas, destinados a serem até passados à geração seguinte ou colocados à venda no mercado de roupa em segunda mão.
Estas marcas com diferentes filosofias e mercados de atuação permitem verificar que o mundo da moda é vasto. Nele cabem diferentes conceitos.
No entanto, torna-se cada vez mais claro que o consumidor é cada vez mais consciente das suas opções e pretende responsabilizar cada vez mais as marcas e contribuir para a construção de um mundo melhor. Na pele, escolhemos artigos que reflitam os nossos valores. Usamos o que somos.