Devido ao contexto de guerra entre a Ucrânia e a Rússia, a indústria da moda europeia exportou menos 47,4% para território russo.
De acordo com a Icex Spain Export and Investment, entre os meses de março e agosto de 2022, a exportação de vestuário, calçado, acessórios e perfumaria para o mercado russo caíram 47,4%.
Citada pelo “Jornal T“, da Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal, a entidade revela ainda que o custo da guerra, relativamente a exportações do setor têxtil e do vestuário europeu, já passa os 1,6 mil milhões de euros.
É de notar que o ano tinha arrancado com um crescimento de mais de 20% nas exportações têxteis europeias para território russo, sendo que a guerra veio mudar o panorama, oferecendo quedas de 39,1% em julho e 39,7% em agosto.
A saída da Rússia de diversos “gigantes” da indústria da moda, como a Mango, Reebok ou Sephora, pesou em grande escala nesta queda de percentagens.
A Inditex foi também um dos grandes nomes a suspender atividade em solo russo, acordando mais recentemente em vender os seus negócios ao grupo Daher, proprietário da Azadea, uma das maiores distribuidoras do Médio Oriente.
O contexto do mercado português sofreu igualmente, com o impacto da guerra da fazer-se sentir até julho, especialmente no setor de vestuário e acessórios em malha, que registou uma queda de 68,1%.
Por sua vez, os restantes setores de vestuário e acessórios em Portugal sofreram quedas de 40,2%. O calçado perdeu também 32,1%, de acordo com os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística.
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