Por Cláudia Matias.
O Sol ingressa em Peixes, no dia 18 de fevereiro (às 22:34, no horário de Portugal).
Como último signo do zodíaco, Peixes agrega em si um pouco de todos os outros signos. E, como signo de Água mutável, visa a compreensão e integração de toda a experiência do ciclo zodiacal, através do sentimento. É, por isso, um signo complexo, que pode centrar-se numa dimensão, oscilar entre as polaridades, ou, na melhor aceção, religar os opostos.
Os principais pares de opostos, que “puxam” os dois peixes (da constelação com o mesmo nome) em direções contrárias, são o individual e o coletivo, o material e o espiritual, que se expressam em apelos duais: identificarmo-nos com o coletivo e diferenciarmo-nos como seres únicos; vivenciarmos a materialidade e unirmo-nos com o divino.
Mas Peixes finaliza um ciclo e prepara o seguinte (que se inicia em Carneiro), logo, o passado e o futuro, o inconsciente e o consciente, a vida interior e a experiência exterior, são outros fatores complementares que este signo precisa de equilibrar.
Em suma, o trânsito do Sol em Peixes, até 20 de março, apresenta-nos a proposta de consciencializarmos como equilibramos o individual e o coletivo, o material e o espiritual, a experiência exterior e a vida interior, a retrospeção do passado e a projeção do futuro; e de melhorarmos a integração dos opostos, através do sentimento.
Neste ingresso, o único aspeto maior do Sol é a conjunção com Saturno (no final de Aquário). O posicionamento dos planetas regentes de Peixes acentua a ambivalência do signo e coloca-nos desafios acrescidos: Neptuno (conjunto a Vénus em Peixes) amplia a nossa sensibilidade emocional e energética, Júpiter (conjunto a Quíron em Carneiro) expande as feridas na nossa afirmação pessoal.
Este trânsito solar pode, assim, levar-nos a melhorar a aceitação das fragilidades humanas, a nossa empatia e a fé na capacidade de nos transcendermos (se Saturno for sentido como resiliência); ou aumentar a nossa desconfiança em relação aos outros e a tendência para nos isolarmos e evadirmo-nos (se Saturno for sentido como medo).
Estas são algumas sugestões para experienciarmos, da melhor forma, este período: estarmos atentos à nossa intuição e outras perceções extrassensoriais, meditarmos, contactarmos com a Natureza, dedicarmo-nos a uma causa social, praticarmos uma atividade artística.