Por Cláudia Matias.
A Lua Cheia de 7 de março (às 12:40, no horário de Portugal), que ocorre a 16°40’ do eixo de Peixes-Virgem, corresponde à culminação do ciclo lunar iniciado na Lua Nova de 20 de fevereiro.
A Lua Nova em Peixes proporcionou-nos a oportunidade de iniciarmos um novo ciclo de integração entre o individual e o coletivo, o passado e o futuro, o material e o espiritual. Na Lua Cheia podemos observar objetivamente os resultados desse processo, com vista a percebermos se está a decorrer como pretendido ou precisa de ser ajustado durante a segunda metade do ciclo lunar.
O Sol em Peixes, apelando à sensibilidade emocional, conexão empática e aceitação das fraquezas humanas, traz à luz da consciência a racionalização e crítica excessivas e as defesas emocionais, representadas pela Lua em Virgem.
A conjunção do Sol a Neptuno (regente de Peixes) aumenta a tendência para idealizarmos as situações e a nossa suscetibilidade perante o exterior. Enquanto Mercúrio (que rege a posição da Lua em Virgem), igualmente em Peixes, dificulta a conciliação entre o lado racional e o lado emocional. Este contexto pode levar-nos a retrair a nossa expressão emocional e a assumir uma postura de desconfiança e receio da crítica alheia.
Úrano, em aspeto fluente com os luminares, dá-nos a possibilidade de nos libertarmos dos padrões de julgamento que tendemos a projetar nos outros. Afinal, muitas das reações de crítica ou rejeição que tememos que os outros tenham em relação em nós, não são mais do que um reflexo da forma como nos julgamos a nós próprios, e/ou julgamos os outros.
Em suma, este plenilúnio propõe-nos que utilizemos a nossa sensibilidade aos problemas humanos para ajudarmos os outros de forma prática e compassiva. Como tão bem disse Carl Jung, “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana“.