Vénus transita em Escorpião, signo no qual se encontra em exílio, entre 4 e 29 de dezembro.
Os trânsitos de Vénus em signos de Água predispõem a que valorizemos mais as nossas ligações emocionais. Em Escorpião, o signo das “águas profundas”, são as relações íntimas que ganham destaque.
Durante o trânsito de Vénus em Escorpião, podemos valorizar mais as ligações emocionais profundas e sentir uma intensificação dos nossos afetos, desejos e paixões.
O exílio de Vénus em Escorpião dificulta o encontro do equilíbrio, harmonia e bem-estar ao nível emocional e relacional, que este planeta representa, pois, as nossas apreciações tendem a ser de “tudo ou nada” e os nossos gostos classificam-se, muitas vezes, em “amar ou detestar”, sem espaço para o meio termo. Também podemos ser invadidos por sensações de insegurança ou insatisfação emocional, que nos tornem excessivamente exigentes nas nossas relações, ou nos levem a ter atitudes possessivas.
Mas Escorpião é um signo de transformação e renovação pessoal, pelo que, alcançar a paz emocional com Vénus neste signo passa sobretudo por reconhecermos o potencial transformador das nossas relações íntimas, inclusive no sentido de promover uma renovação dos nossos valores que resulte numa expressão afetiva verdadeiramente amorosa, e não na exigência de que o outro seja como desejamos.
Ao ingressar em Escorpião, Vénus faz oposição a Júpiter (retrógrado em Touro) e quadratura a Plutão (no final de Capricórnio), o que predispõe ao extremar das nossas avaliações e ao exagero na manifestação das mesmas. Enquanto a quadratura de Marte (regente de Escorpião) à Lua contribui para a intensificação das nossas emoções e impulsos, tendencialmente despoletados por fatores inconscientes e podendo levar-nos a agir de forma conflituosa.
Devemos, por tal, aproveitar o trígono de Vénus a Saturno (em Peixes) para permitir que as nossas apreciações e afetos sejam construídos com tempo.
Em suma, Vénus em Escorpião propõe-nos que aprofundemos o nosso envolvimento emocional com o outro e abracemos os processos de transformação pessoal que essa ligação nos proporciona. Assim, estas são questões pertinentes para nos colocarmos, durante este trânsito: “Quanto nos permitimos envolver emocionalmente nas nossas relações?”, “Quão recetivos estamos a transformarmo-nos através dos nossos relacionamentos íntimos?”.