Por Cláudia Matias.
A Lua Cheia de 6 de janeiro (às 23:08, no horário de Portugal), que ocorre a 16°21’ do eixo de Capricórnio-Caranguejo, corresponde à culminação do ciclo lunar iniciado na Lua Nova em Capricórnio, de 23 de dezembro de 2022.
A Lua Nova anterior proporcionou-nos a oportunidade de iniciarmos um novo ciclo de amadurecimento, realização e responsabilização, inclusive a partir da análise das nossas estruturas pessoais. A Lua Cheia é a altura de analisarmos objetivamente os resultados desse processo, de modo a podermos fazer os ajustes necessários, durante a segunda metade do ciclo lunar.
Cada Lua Cheia constitui uma oportunidade de consciencializarmos o nível de equilíbrio entre os fatores inconscientes e a vontade consciente, entre as necessidades emocionais e a expressão da identidade criativa. Neste plenilúnio, o Sol em Capricórnio, apelando à autonomia e responsabilidade individuais, traz à luz as dependências afetivas e a resistência em sair da zona de conforto, representadas pela Lua em Caranguejo.
A Lua encontra-se no seu domicílio e em trígono aplicativo a Neptuno, enquanto o Sol está conjunto a Mercúrio e sob a regência de Saturno em Aquário (signo de Ar do qual é corregente), indicando o conflito entre uma elevada suscetibilidade emocional e um forte lado racional. Úrano intermedeia a oposição dos luminares, com aspetos fluentes, oferecendo-nos um caminho de integração dos opostos, através da combinação da expressão da nossa singularidade individual com a capacidade de adaptação às circunstâncias, do nosso raciocínio intelectual com a intuição e o contacto com as emoções.
Esta Lua Cheia propõe-nos, assim, assumir a responsabilidade pelas estruturas que construímos, ou em que alicerçamos a nossa vida, e pelo nosso papel na sociedade, requerida pelo Sol em Capricórnio, não de forma meramente racional ou calculista, mas usando a capacidade empática e nutritiva da Lua em Caranguejo.