Por Cláudia Matias.
O primeiro ciclo lunar do ano zodiacal começou na Lua Nova de 21 de março, em Carneiro, que nos proporcionou a oportunidade de iniciarmos um novo ciclo de afirmação da identidade individual, através da iniciativa e da ação.
A culminação do ciclo ocorre na Lua Cheia de 6 de abril (às 05:34, no horário de Portugal), a 16°07’ do eixo de Carneiro-Balança. É, então, tempo de olhar objetivamente para os resultados do processo encetado na Lua Nova, para percebermos se está a decorrer como pretendido, ou precisa de ser ajustado durante a segunda metade do ciclo lunar.
O Sol em Carneiro, apelando à nossa independência individual e à coragem de afirmarmos a nossa singularidade, traz à luz da consciência as nossas dependências relacionais e dificuldades em assumir uma posição pessoal, representadas pela Lua em Balança.
A posição do Sol, entre Júpiter e Quíron, faz-nos oscilar entre a confiança em nós próprios e as feridas na nossa capacidade de afirmação pessoal, que se refletem na necessidade de aceitação pelos outros (simbolizada pela Lua em Balança). Marte (o regente de Carneiro) encontra-se em Caranguejo e, apesar dos aspetos fluentes com Saturno e Mercúrio propiciarem energia e disciplina ao nível mental e ativo, a passagem das ideias às ações pode ser muito determinada pelos nossos estados emocionais. Vénus (a regente de Balança) encontra-se em Touro, valorizando o bem-estar e a segurança afetiva, que a Lua traduz na recusa de confrontos para garantir a harmonia relacional.
A Lua Cheia é intermediada por aspetos tensos de Úrano (em Touro) e Saturno (em Peixes), desafiando-nos a expressar a nossa individualidade, simultaneamente com autonomia e responsabilidade. A proposta deste plenilúnio, para darmos continuidade ao processo de afirmação da nossa identidade individual pela iniciativa e ação, pode ser assim resumida: agirmos com a coragem de Carneiro e o equilíbrio de Balança.