Utilizamos o nosso telemóvel para tudo. Através deste “minicomputador”, podemos conectarmos com amigos e conhecidos nas redes sociais, procurarmos a mais variada informação, candidatarmo-nos a um emprego, fazermos compras online e até movimentarmos as nossas contas bancárias.
Por mexer com dados pessoais e financeiros altamente sensíveis, a movimentação de contas bancárias no telemóvel é simples e rápida, mas se não prestarmos atenção à segurança, estaremos a deixar a porta aberta a intrusões que podem resultar a perdas financeiras substanciais.
Se quanto à instalação de uma app financeira no nosso telemóvel e à sua utilização não existem grandes segredos, já quanto à segurança torna-se necessária uma ação 360º graus para que os nossos pagamentos e transferências decorram com a maior tranquilidade.
Que ação é essa e como a implementar são coisas que vamos descobrir a partir de agora.
Contas bancárias no telemóvel: tudo o que precisa de saber para as utilizar em segurança
Para garantir a segurança das suas contas bancárias no telemóvel, deve começar por:
1º Utilizar sempre a app do banco
Apesar dos serviços de netbanco nos permitirem aceder a movimentos antigos de forma mais simples do que na app móvel, esta é opção mais indicada para movimentar as contas bancárias no telemóvel.
A razão para preferirmos a app ao acesso através do netbanco prende-se pelo facto de a primeira opção ter passado por um conjunto de testes e obedecer a um conjunto de regras de segurança que dá a aplicação a inviolabilidade exigida, já que apresentam estrituras encriptadas mais fortes do que aquilo que acontece com um site.
Após garantirmos que apenas utilizamos a pp do banco para movimentarmos as contas bancárias no telemóvel, é tempo de olharmos para a segurança da rede de Internet que vamos utilizar.
2º Não aceder à app ou netbanco a partir de redes públicas
Ainda que nos permita poupar dados, o acesso a redes públicas de Internet representa um perigo para a segurança dos nossos dados, já que estão mais vulneráveis a ataques de piratas informáticos.
3º Dar uso à dupla autenticação/autenticação de dois fatores
Face ao crescimento das fraudes e burlas online relacionadas com os pagamentos, a União Europeia aprovou uma diretiva que veio reforçar a segurança das transações online com, por exemplo, a obrigatoriedade de os bancos solicitarem aos seus clientes dois ou mais elementos pertencentes às categorias de “conhecimento” (password), de “posse” (código enviado por SMS para o telemóvel, provando, desta forma, a posse do dispositivo), e de “inerência” (impressão digital, por exemplo).
Na prática, além da senha e nome do utilizador, o banco vai enviar-nos uma SMS com um código de utilização única que teremos de inserir para acedermos à nossa conta. Assim, com a dupla autenticação, é adicionada uma camada extra de segurança autenticação que vai impedir que alguém aceda à nossa conta, mesmo que já tenha a password e o nome do utilizador.
4º Instalar um antivírus
Este é um conselho de segurança básico. Instalarmos ou verificarmos se o antivírus do nosso telemóvel está ativado deve ser uma prioridade, especialmente se movimentarmos ou tivermos acesso às contas bancárias no telemóvel.
Ao antivírus, devemos, ainda, garantir que a firewall está ativada garantindo, deste modo, uma camada extra de segurança à nossa utilização da app bancária ou do netbanco.
5º Atualizar, regularmente, as apps bancárias
Tal como acontece com outros programas e aplicações, as app bancárias são sujeitas a atualizações constantes por parte dos bancos no sentido de as adequar não só aos novos modelos operativos, como também para assegurar a segurança dos utilizadores.
Como estas melhorias na segurança acontecem, por norma, depois da deteção de vulnerabilidades, é muito provável que, no momento em que as atualizações são lançadas, um malware ou um vírus já estão a tentar atacar o sistema operativo do nosso telemóvel.
Assim, o quanto antes, é importante procedermos à atualização das nossas apps bancárias.
6º Ter em atenção as permissões dadas
Como todos aqueles que utilizam, regularmente, o telemóvel para aceder à Internet, muitas apps e sites pedem-nos permissões para utilizar determinadas funções do dispositivo, mas se não tivermos cuidado, algumas delas podem abrir a porta dos nosso registos bancários comprometendo a segurança dos nossos dados.
Por isso, se não percebermos ou não confiarmos na entidade que nos pede a permissão, nunca devemos dá-la sob pena de comprometermos a segurança do nosso telemóvel.
7º Verificar os extratos bancários de forma regular
De forma a podermos agir rapidamente em caso de um ataque comprometer a segurança da nossa app bancária e, assim, evitarmos perdas financeiras de monta, é importante que mantenhamos uma monitorização constante dos nossos movimentos financeiros.
Caso nos deparemos com uma transferência não autorizada ou estranha, é importante contactarmos, de imediato, o nosso banco.
8º Manter contacto com o banco
Como criador e “dono” da app, o banco é a entidade que melhor nos pode ajudar a mantermos as nossas finanças em segurança.
Neste sentido, se nos depararmos com um comportamento estranho no acesso à app ou ao netbanco, devemos parar imediatamente com o acesso e entrarmos em contacto com o banco para garantir de que tudo está bem.
Além disto, devemos confirmar junto do banco, com alguma regularidade, o registo de acessos online à nossa conta para que detetmos, em tempo útil, se alguma outra apicação móvel está a aceder indevidamente aos nossos dados bancários.
Assim, através destas práticas preventivas, não só garantimos a segurança das contas bancárias no telemóvel, como também podemos identificar rapidamente fraudes, burlas e erros antes que os danos sejam maiores e possamos contactar o nosso banco para este tome medidas.
9º Ativar o bloqueio de ecrã
Basta uma distração para que fiquemos sem o telemóvel, mas a situação ainda pode piorar se não tivermos o bloqueio de ecrã ativado, uma vez que, dessa forma, alguém mal-intencionado só terá que entrar na nossa conta e fazer transferências ou pagamentos não autorizados, roubar dados de identificação ou, em alguns casos, pediremos um resgate para voltarmos a ter acesso à conta.