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Tipos de cancro mais comuns nas mulheres

tipos de cancro mais comuns nas mulheres

Uma das grandes preocupações da população mundial é a saúde. O medo da doença é natural, pois condiciona a nossa existência. Existem muitos problemas de saúde que podem surgir que nos impedem de viver como desejamos. 

O cancro é certamente uma das doenças mais temidas. Milhões de pessoas são afetadas por ele. Curiosamente, até nesta doença se podem verificar diferenças significativas entre homens e mulheres. 

No presente artigo, iremos centrar a nossa atenção nos tipos de cancro mais comuns na população feminina. Fique a saber quais são os tipos de cancro mais comuns nas mulheres e de que modo esse conhecimento pode revelar-se bastante útil…

Números esclarecedores

Conforme o Fundo Mundial Internacional de Investigação do Cancro, no ano de 2020 havia 18,1 milhões casos de cancro no mundo. Entre eles, 8,8 milhões eram de pacientes do género feminino.

A Organização Mundial da Saúde também nos dá informação relevante sobre este tema. Entre os 60.467 novos casos de cancro diagnosticados no nosso país no ano de 2020, 26.673 eram mulheres, o que representa cerca de 44%. 

Estes números são suficientemente esclarecedores sobre o impacto que esta doença tem na população feminina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cinco tipos de cancro mais comuns em mulheres.

Cancro da mama

    Por ano, são detetados 7.000 novos casos de cancro de mama em Portugal. Por isso, este é um dos tipos de cancro mais comum nas mulheres.

    Fatores de risco deste tipo de cancro

    • Obesidade
    • Primeira gravidez tardia
    • Menstruação precoce
    • Idade
    • Antecedentes familiares
    • Alterações genéticas
    • Menopausa
    • Densidade da mama
    • Terapia Hormonal de Substituição (THS)

    Rastreio deste tipo de cancro

    Ter acesso a um diagnóstico precoce pode ser decisivo. Existe o programa de rastreio de Cancro da Mama, que se destina a mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos. 

    Neste procedimento, podem identificar-se até tumores muito pequenos (frequentemente, não palpáveis e que, por isso, podem passar despercebidos por algum tempo), serem vistos em mamografia, em ecografia ou em fase evolutiva não invasiva. 

    A partir dos 40 anos, aconselha-se a realização de mamografia anual ou a cada 2 anos, de acordo com aconselhamento médico. No entanto, as mulheres com risco superior (nomeadamente, que tenham historial familiar ou uma mutação) devem consultar um médico para delinear o plano e frequência de rastreios.

    Prevenção deste tipo de cancro

    Fazer o autoexame da mama com regularidade revela-se uma excelente estratégia. A prevenção do cancro da mama passa por uma dieta equilibrada, prática de exercício físico, não fumar, não consumir álcool em excesso. 

    O gesto de amamentar (quando possível) também gera um efeito positivo. A Terapia Hormonal de Substituição (THS) deve ser evitada.

    Cancro colorretal

      Esta doença afeta pessoas de todas as idades e é um dos mais comuns a surgirem nas pessoas com idade superior a 50 anos. 

      Contudo, somente no ano de 2020, 17,4% dos novos casos de cancro que surgiram em mulheres eram deste tipo de cancro. Deste modo, um dos tipos de cancro mais comuns nas mulheres é o cancro colorretal.

      Fatores de risco deste tipo de cancro

      • Pólipos colorretais
      • Antecedentes familiares
      • Consumo excessivo de carnes vermelhas
      • Dieta rica em alimentos processados
      • Excesso de peso
      • Tabagismo
      • Consumo excessivo de álcool

      Rastreio deste tipo de cancro

      Os programas de rastreio de base populacional promovem a saúde mediante a literacia e o controlo dos fatores de risco. 

      É fundamental contribuir para a identificação de lesões malignas em estádios iniciais da doença pois, se o tumor for detetado cedo, haverá uma maior margem para o tratamento ser bem sucedido e a taxa de sucesso contra o cancro no intestino aumenta.

      A partir dos 50 anos, os especialistas aconselham a realização de uma análise às fezes a cada 2 anos. Geralmente, deve fazer-se colonoscopia a cada 10 anos ou antecipadamente, caso haja necessidade.

      Prevenção deste tipo de cancro

      Existem formas de prevenir o cancro colorretal, nomeadamente fazer um consumo de fibras adequado. Comer cereais integrais, vegetais, frutas e leguminosas também se revela uma boa estratégia. 

      O consumo de carnes vermelhas e comidas processadas deve ser evitado. A prática de exercício físico recomenda-se, pois é importante, mas também se deve evitar fumar e consumir álcool (pelo menos, em excesso). 

      Cancro do pulmão

        O cancro do pulmão é seguramente um dos tipos de cancro mais comuns nas mulheres. A maioria das pessoas com cancro do pulmão tende a estar ligada a um hábito nefasto: fumar. Entre 80% e 90% das pessoas diagnosticadas com este tipo de cancro, fumam ou já fumaram em algum momento da sua vida. 

        A tosse persistente é um dos sinais de cancro do pulmão mais comuns. Outros indicadores são a tosse com sangue, as infeções pulmonares recorrentes, a falta de ar e ainda a dor ao respirar ou ao tossir.

        Fatores de risco deste tipo de cancro

        • Exposição a ambientes muito poluídos
        • Tuberculose prévia
        • Radioterapia prévia ao pulmão
        • Idade
        • Tabagismo
        • Inalação de amianto
        • Inalação de radão
        • Antecedentes familiares

        Rastreio deste tipo de cancro

        A partir dos 50 anos, aconselha-se uma avaliação médica anual de fumadores de longa duração ou ex-fumadores. Fazer uma tomografia computorizada de baixa dose do tórax permite uma avaliação adequada.

        Prevenção deste tipo de cancro

        A prevenção do cancro do pulmão faz-se com a adoção de algumas ações fundamentais. Quem fuma, deve evitá-lo. Mas não basta não fumar. Também é importante evitar o fumo passivo. 

        É preciso ter em atenção aos locais com forte poluição atmosférica. Sair desses espaços é uma boa estratégia. A prática de exercício físico também se revela benéfica.

        Cancro da tiroide 

          O cancro da tiroide é outros dos tipos de cancro mais comuns nas mulheres, afetando cerca de três vezes mais o público feminino que o masculino. Ele é mais comum em pessoas entre os 25 e os 65 anos.

          Geralmente, o cancro da tiroide apresenta-se por via de um nódulo na tiroide. Caso surja em si uma rouquidão inexplicável e persistente, deve ter particular atenção. Outro sintoma que surge neste tipo de cancro é a dificuldade na deglutição ou respiração.

          Fatores de risco deste tipo de cancro

          • Idade
          • Antecedentes familiares
          • Exposição a tratamentos de radioterapia ao pescoço
          • Exposição acidental a radiação
          • Bócio
          • Acromegalia

          Rastreio deste tipo de cancro

          O rastreio apenas se recomenda a doentes de risco, nomeadamente pessoas com historial de cancro da tiroide na família. No entanto, a avaliação médica poderá servir para a indicação da realização de ecografia à tiroide.

          Prevenção deste tipo de cancro

          A prevenção do cancro da tiroide é feita com uma não exposição da garganta a radiação. É importante adotar uma dieta sem excessos, promovida por uma alimentação equilibrada. É possível fazer o autoexame ao pescoço. Em caso de dor de garganta persistente, recomenda-se a consulta um médico para ser realizada uma avaliação. 

          Cancro do colo do útero 

            O cancro do colo do útero é outro dos tipos de cancro mais comuns nas mulheres. Na origem deste problema de saúde, está sempre uma infeção pelo Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco. 

            Hoje em dia, o HPV é tido como o 2.º carcinogéneo que mais gera cancro, apenas superado pelo tabaco. Ele encontra-se associado a 5% dos cancros no geral e a 10% dos cancros na mulher. 

            Este vírus é facilmente transmissível e habitualmente eliminado pelo organismo. No entanto, existem casos em que o vírus não desaparece. Por isso, pode originar cancro e doenças genitais.

            Fatores de risco deste tipo de cancro

            • Antecedentes familiares
            • Imunidade comprometida
            • Relações sexuais desprotegidas
            • Historial de doenças sexualmente transmissíveis
            • Vários parceiros sexuais
            • Tabagismo

            Rastreio deste tipo de cancro

            O rastreio passa pela realização de citologia e teste de HPV, que os especialistas recomendam que se faça a cada 3 anos para mulheres cuja idade se encontre entre os 21 e os 65 anos. O rastreio depende da idade de início da atividade sexual e deve ser traçado um plano de rastreio da mulher pelo médico.

            Prevenção deste tipo de cancro

            Citologias de controlo e usar preservativo ajudam na prevenção deste tipo de cancro. 

            A vacinação profilática contra o HPV é outra estratégia. Além de se manter uma alimentação equilibrada, também se deve evitar fumar.

            Outros cancros

            O crescimento da população contribui para o aumento de casos. O envelhecimento da população e o aumento da exposição a diversos fatores de risco ajudam no surgimento de novos casos de cancro.

            Embora os cancros mencionados sejam os mais comuns, há outros que se devem ter em atenção. Por exemplo, o cancro do ovário deve ser particularmente temido pois, geralmente, progride “silenciosamente”. 

            Como o diagnóstico desta doença tende a ser feito já numa fase avançada, requer um cuidado redobrado. Os especialistas recomendam que haja uma vigilância regular pelo ginecologista.

            Mudanças de comportamento

            Estudos revelam que é fundamental atuar preventivamente para condicionar o aumento de novos casos de cancro. O nosso comportamento pode fazer a diferença em cerca de 40% dos cancros. Operar mudanças no estilo de vida e participar em programas de rastreio revelam-se formas eficazes de prevenir.

            Procura do diagnóstico

            O conhecimento destes tipos de cancro mais comuns nas mulheres pode ser decisivo. Convém usar esta informação relevante sobre estas doenças que mais afetam o sexo feminino para prevenir. Ter um diagnóstico atempado pode ser o detalhe que permite ter uma solução para resolver esse problema de saúde. 

            Como vimos, é importante ter um estilo de vida saudável. Tenha o devido acompanhamento do médico, siga os seus conselhos e faça os rastreios necessários para ter uma maior longevidade. Depende de si fazer mais pela sua saúde!

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