Se lhe falta energia ou motivação para ultrapassar as dificuldades que o dia-a-dia apresenta, atente nestas lições de mulheres atletas portuguesas que temos para si. Inspiração Feminina para as mulheres!
Telma Monteiro (Judo), Patrícia Mamona (Triplo Salto), Jéssica Silva (Futebol), Melanie Santos (Triatlo), Tamila Holub (Natação), Inês Henriques (Marcha) e Maria João Bettencourt (Basquetebol) são alguns belos exemplos de atletas portuguesas que, todos os dias, fintam a desmotivação e o papel tradicionalmente atribuído à mulher na sociedade para se guindarem a mais altos voos.
Onde é que estas mulheres inspiradoras do desporto em Portugal vão buscar a sua força para combater o preconceito ainda latente em relação às mulheres no desporto? Que técnicas utilizam para combaterem a desmotivação? Como lidam com a derrota?
Para saber a resposta a estas e outras questões, fique com estas sete mulheres inspiradoras e inspiradas do melhor que o desporto feminino português tem para oferecer.
Boa leitura!
Começamos estas lições de mulheres atletas portuguesas com o exemplo da medalhada olímpica Telma Monteiro.
Ao longo de uma carreira que já vai longa, a judoca Telma Monteiro teve que lidar não só com o facto de ser mulher num desporto de combate, como enfrentou o duro julgamento público quando as expetativas de medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008 saíram goradas face ao seu estatuto de grande favorita.
Isto não a fez virar a cara à luta e, da vontade de querer ser melhor e de não gostar de perder, fez nascer a força que lhe permitiu colocar os olhos no que estava por vir e desafiar as dificuldades acabando por conseguir a tão esperada medalha nos Jogos do Rio em 2016.
Telma gosta de dizer para ela própria que é capaz de tudo a que se propuser e que estará sempre preparada para lidar com o que vier.
A perseverança e a fé nas suas capacidades não são apenas apanágio de Telma Monteiro.
Patrícia Mamona, multimedalhada em campeonatos europeus de atletismo, é outro desses exemplos.
Para além da perseverança, esta atleta não gosta de zonas de conforto e procura estudar pessoas que já atingiram aquilo que ela pretende atingir, para chegar ao patamar em que estão. Observar o sucesso de outras pessoas e ouvir as suas histórias é uma das fontes de motivação para que Mamona continue a querer ser melhor no que faz.
Já para Jéssica Silva, estrela do futebol feminino português não há motivação maior do que fazer aquilo que se ama. Apaixonada, desde tenra idade, pelo futebol, Jéssica encontra no sentimento de pertença a uma equipa, de jogar, de concretizar uma estratégia coletiva, de aprender skills novos, fazer golos e dá-los a marcar, a razão para se levantar da cama todos os dias.
Nadar, pedalar, correr e repetir. Não é um mantra, mas quase. É assim que a triatleta Melanie Santos constrói a sua carreira. O triatlo é um desporto muito intenso e requer uma grande preparação física e mental. Para que o seu corpo são assente numa mente igualmente sã, Melanie recorre à meditação para libertar o stress e a pressão do dia-a-dia/competições.
Isto ajuda-a a focar-se em si e nos seus objetivos. Caso as coisas não corram como esperado, há sempre um plano B que a ajuda a manter-se motivada durante o ano inteiro.
Pensamento positivo, sempre, mesmo às 5h30 da manhã, vontade de ser melhor, vontade de vencer e ganhar ao género dito mais forte, são os ingredientes da receita do sucesso da nadadora Tamila Holub.
Atribuindo uma grande parte da sua evolução ao facto de só ter tido rapazes como colegas de treino, para a nadadora não há nada mais motivador do que ganhar ao “género mais forte”.
E a derrota? Com lidar com expetativas defraudadas?
Para Inês Henriques, ex-recordista do mundo de Marcha, para superar uma derrota temos de ser verdadeiros connosco e nunca atribuir a culpa aos outros.
Nesses momentos, ao apoio da família e da equipa, a marchadora junta o lema “O que não me mata torna-me mais forte!” e, depois de estar mais recomposta da derrota, procura retirar ensinamentos dela e melhorar e trabalhar os aspetos que desencadearam a derrota de modo a seguir em frente e tornar-se mais forte.
Ninguém gosta de perder, isso é certo, mas a competitiva basquetebolista Maria João Bettencourt muito menos, nem nos treinos, nem na vida.
Há dias em que chora de raiva e não se conforma com a derrota. Depois de perder, Maria João chega a casa e vê jogo outra vez, respira, interioriza o que tem que ser, mas depois tenta desconectar.
O fazer algo que não esteja ligado ao basquetebol ajuda-a não só a manter a sanidade menta na derrota, como a focar-se e recentrar-se pois sabe que no próximo treino ou jogo tem outra oportunidade de corrigir erros e transformar o choro da derrota em lágrimas de alegria pela vitória.
Para Maria João Bettencourt, tu ganhas ou aprendes, nunca perdes!