Graças ao seu álbum editado este ano, “Crónicas da flor da laranjeira”, Vitorino Salomé foi distinguido com o Prémio Pedro Osório, da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), segundo anunciado pela cooperativa.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, no qual anuncia que Vitorino Salomé é distinguido com o Prémio Pedro Osório, “com mais de 40 anos de carreira, pela edição do CD ‘Crónicas da Flor da Laranjeira’, editado este ano”, a SPA referiu que o “prémio, como aconteceu noutros casos, consagra também uma vida de trabalho dedicada à criação musical, à interpretação e à comunicação com o público”.
Relativamente à data de entrega do prémio, a mesma “será oportunamente anunciada”.
Vitorino editou o seu primeiro álbum, intitulado “Semear salsa ao reguinho”, em 1975, sendo este o projeto que inclui das canções mais marcantes da longa carreira do músico alentejano, “Menina estás à janela”, bem como a música “Cantiga d’um marginal do século XIX” ou “Morra quem não tem amores”.
Desde então, Vitorino editou um vasto repertório de álbuns de estúdio, como “Os Malteses”, “Não há terra que resista – Contraponto”, “Romances”, “Flor de la mar”, “Leitaria Garrett”, “Negro fado”, “Cantigas de encantar”, “Eu que me comovo por tudo e por nada”, “A canção do bandido”, “Alentejanas e amorosas”, “Utopia”, “Tango”, “Ninguém nos ganha aos matraquilhos!” ou “Viva a República, viva!”.
Músicas como “Queda do império”, “Vou-me embora”, “Fado Alexandrino”, “O dia em que me queiras” ou “Laurinda” são algumas das mais destacáveis da carreira do alentejano, sendo que a mesma foi também marcada por canções de cariz mais tradicional e histórico, como “Carbonárias”e “Marcha da patuleia”.
Este prémio, criado como homenagem ao compositor, pianista e maestro Pedro Osório, já foi atribuído a diversos nomes populares e importantes do plano da música nacional, como Pedro Abrunhosa, Sérgio Godinho, Rão Kyao, Jorge Palma, Janita Salomé, José Cid, Júlio Pereira, Fernando Tordo, Luís Represas e Rodrigo Leão.
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Escrito por João Serra