Há quem passe toda a vida a ansiar pelo momento da reforma, mas uma vez lá chegado não saiba o que fazer ou se veja atrapalhado com a quebra de rendimentos, uma vez que a pensão será sempre inferior ao que auferia no seu trabalho.
Para que esta nova fase da sua vida seja, de facto, um período em que a serenidade impere e só se importe com a fruição da vida, é importante que faça um plano de reforma com antecedência. De forma a ajudá-lo nesta tarefa, vamos dar-lhe uma série de dicas para que viver a pós-carreira contributiva em toda a plenitude.
Dicas para planear e viver a sua Reforma com serenidade
- Definir o momento da sua reforma
Para que possa planear de forma mais racional e concreta a sua reforma, o primeiro passo é definir quando é que esta ocorrerá. Ainda que a lei defina a idade legal para o encerramento da sua carreira contributiva (66 anos e 4 meses em 2024), caso consiga poupar ao longo da vida ou tenha descontado valores elevados para a Segurança Social poderá fazê-lo de forma antecipada, ainda que vá sofrer penalizações no valor da pensão.
Para que tenha uma noção, quem se quiser reformar antecipadamente pelo normal poderá fazê-lo se tiver 60 anos ou mais de idade e pelo menos 40 de anos de descontos para a Segurança Social.
Poderá ir acompanhando os seus descontos, qual o valor da pensão que irá auferir e em que ano, mês e dia está prevista a sua reforma na sua página pessoal na Segurança Social Direta.
- Defina metas de poupança
Nem todos os pensionistas acabam por ter uma pensão que lhes permita ter uma vida desafogada quando chegados à reforma. Seja porque não conseguem fazer descontos elevados (baixos salários), seja porque a entidade empregadora os enganou dizendo-lhes que estavam coletados e, no final de contas não estavam ou seja porque os diversos governos pouco se importam com o final de vida de quem trabalhou para o país, a verdade é que muitos pensionistas se vêm obrigados a continuar a trabalhar após a idade legal para o fazerem.
Apesar das dificuldades em traçar metas de poupança num país constantemente flagelado pela crise económica, é importante que estabeleça, tanto quento lhe for possível, metas de poupança mensais que lhe permitam viver de forma mais confortável na reforma.
Assim, de forma prática, procure analisar todos os seus gastos atuais e aquele que poderão perdurar no tempo e contabilize esses custos com o rendimento que está previsto ganhar de pensão.
Em função do resultado destas contas, defina qual o rendimento extra de que irá necessitar para que mantenha a sua qualidade de vida após deixar de trabalhar.
- Invista em soluções de poupança
Poupar é, como vimos, complicado, mas existem soluções financeiras que lhe podem dar uma ajuda, como é o caso dos Planos Poupança Reforma (PPR), Fundos de Poupança Reforma (FPR), Regime Público de Capitalização (PPR do Estado), Fundos de investimento ou ETF.
Para além destes produtos financeiros poderá estimular a sua poupança através de um acordo com o seu banco para a transferência automática de um determinado montante mensal para uma conta, independente da sua conta à ordem, perto do dia em que normalmente recebe o seu salário.
Nota: em função da sua idade e do tempo que lhe falta para deixar de trabalhar, pondere diversificar os seus investimentos e apostar, inclusive, em produtos de maior risco.