Quantcast
FinançasFinanças PessoaisNacional

Fundos PPR: princípios básicos para começar

PPR

De forma a garantir uma reforma mais desafogada, cada vez mais portugueses estão a apostar em Fundos PPR (Planos Poupança Reforma), mas do que se trata e quais as vantagens que este produto de investimento traz à carteira de cada um? É o que vamos descobrir.

O que é um PPR?

Um PPR ou Plano Poupança Reforma é, como referimos, um produto financeiro de poupança a longo-prazo que lhe permite rentabilizar o seu dinheiro para complementar a reforma ou iniciar um pé-de-meia adicional com condições mais vantajosas do que outros produtos de poupança atualmente disponíveis no mercado.

Em termos práticos, os PPR são constituídos por certificados nominativos de fundos de poupança sob a forma de fundo de investimento mobiliário, fundo de pensões ou fundo autónomo de uma modalidade de seguro de Vida.

Estes fundos PPR podem encerrar mais ou menos riscos. Se, por exemplo, um Fundo PPR está associado a um fundo mobiliário o capital não está garantido e implica um acréscimo no risco que, contudo, pode ser contrabalançado por rendibilidades mais apelativas.

Por outro lado, caso o PPR contratado esteja associado a um seguro Vida, os mais subscritos em Portugal, você verá o seu capital garantido, menor nível de risco mas, em contrapartida, menor margem de rendibilidade.

É de sublinhar que, além dos bancos, também as seguradoras podem oferecer PPR ligados a seguros de Vida associados a fundos de investimento. Este tipo de PPR tratam-se, não raras vezes, de instrumentos de captação de aforro estruturado (ICAE), com algum nível de risco associado, conforme a composição do fundo que os compõe.

Finalizando esta parte, de forma a escolher o PPR que melhor se adequa às suas necessidades, é importante que analise em profundidade o retorno que cada solução lhe oferece, a taxa de juro associada, o nível de risco das aplicações e a sua idade.

Quando subscrever um Plano PPR?

De forma a perceber em que altura da vida deve fazer investimentos PPR, é importante ter em mente que, para além da poupança, os PPR oferecem vantagens no campo das deduções no IRS em função da idade.

Assim, saiba que:

– Até aos 35 anos, pode deduzir até 400 euros, desde que aplique 2.000 euros no PPR, naquele ano;

– Entre os 35 e os 50 anos, pode deduzir, no máximo 350 euros, desde que aplique 1.750 euros;

– A partir dos 50 anos, pode deduzir até 300 euros, desde que aplique 1.500 euros.

Como vemos, quanto mais cedo subscrever um PPR, mais benefícios fiscais terá e maior será o montante a receber, com menor esforço e com maior potencial de rendibilização por cada euro investido.

Às vantagens nas deduções junta-se benefícios fiscais na hora de pedir o reembolso (resgaste) do seu PPR cujo valor irá variar de acordo com a forma como for feito o reembolso: de uma só vez ou em rendas.

Por exemplo, se o investimento for mantido durante cinco anos, os PPR beneficiam de uma taxa de 21,5%. Esta percentagem mais diminuta em relação a produtos similares pode ainda ser reduzido até 8% caso o prazo for de cinco ou mais anos e o mantiver até à altura da reforma.

Ainda assim, caso faça o resgate antecipado do PPR é bom ter em mente que tal ação implicará a devolução dos benefícios fiscais até então obtidos com uma penalização de 10% por cada ano.

Related posts
FinançasFinanças PessoaisNacional

IRS conjunto ou separado para casais

FinançasNacionalNegócios

Automatização financeira: o que é e porque é fundamental?

FinançasNacional

Como fazer uma habilitação de herdeiros?

FinançasFinanças PessoaisNacional

Burocracias na compra de casa