Após cerca de 7 meses em Gémeos, Marte deixa finalmente este signo de Ar e entra em Caranguejo, um signo de Água, regido pela Lua e onde Marte se encontra em queda.
Assim, entre 25 de março e 20 de maio, a nossa ação tende a ser muito dirigida pelos nossos sentimentos e emoções; a nossa autoafirmação pode tornar-se uma luta com o exterior ou ser retraída.
Marte em Caranguejo intensifica a nossa vida interior e aumenta a nossa suscetibilidade aos ambientes exteriores, o que pode gerar reações muito emotivas e agressivas, nomeadamente perante contextos que nos geram desconforto ou ativam as nossas inseguranças.
Aquando deste ingresso, a Lua encontra-se em Touro, o signo da sua exaltação, e em conjunção com Úrano, que, por sua vez, faz conjunção com Vénus (a regente de Touro). Se, por um lado, há uma grande necessidade de estabilidade e segurança, por outro, há uma forte tensão emocional.
Por tal, torna-se mais fácil exteriorizarmos a nossa energia em ambientes conhecidos, que favoreçam a nossa autoconfiança. Quando não temos essa segurança, podemos recorrer ao ataque como forma de defesa, entrando numa luta constante; ou sentirmos que não vale a pena o esforço, optando pela passividade.
Algo que devemos ter em conta é que, se não aplicarmos a nossa energia ativa de forma construtiva, podemos criar ressentimentos, ou explodir com aqueles que nos são mais próximos. Ainda mais porque a quadratura entre Marte e o Sol (que entrou recentemente em Carneiro) propicia a frustração e a irritabilidade.
Este trânsito de Marte constitui um desafio para basearmos a nossa confiança pessoal mais nos nossos valores e recursos internos do que no ambiente exterior, o que contribui para aumentar a nossa independência e autossuficiência (pedido pelos planetas em Carneiro e Touro); e melhorarmos o nível de maturidade das nossas ações e atitudes (proposto pelo trígono de Marte a Saturno).