Por Cláudia Matias.
No dia 20 de abril ocorre uma segunda Lua Nova em Carneiro, dando início a um novo ciclo lunar, agora com um Eclipse Solar, no grau 29 de Carneiro.
Este eclipse é designado por híbrido, um tipo raro de eclipse solar que começa e termina como um eclipse anular (em que o disco lunar cobre o centro do disco solar, deixando um anel de luz em redor), mas a meio do seu percurso torna-se um eclipse total. Tem o seu ponto máximo pelas 5:17, no horário de Portugal, e é visível entre o Sudeste Asiático e a Oceânia.
Os eclipses são lunações mais intensas, pois ocorrem próximo dos Nós Lunares (i.e., os pontos de interceção do plano da órbita da Lua com o plano da órbita da Terra). Enfatizam determinadas questões, para que tomemos consciência do que precisa de ser resolvido ou transformado.
Tal como as luas novas em geral, os eclipses solares proporcionam o início de novos ciclos. A grande diferença reside no facto de, nos eclipses solares, a ocultação do Sol pela Lua trazer um apelo de revisão do passado (eventualmente sob a forma de manifestações externas), para largarmos velhos hábitos que já não servem o nosso processo de desenvolvimento e definirmos novos objetivos.
Neste eclipse, os luminares fazem conjunção com Júpiter, quadratura com Plutão (no grau 0 de Aquário) e quintil com Marte (o regente de Carneiro, a transitar em Caranguejo).
A renovação da oportunidade de iniciarmos um novo ciclo de afirmação da identidade individual, através da iniciativa e da ação, representada pela segunda Lua Nova em Carneiro, traz-nos assim o desafio acrescido de revermos o modo como procuramos afirmar-nos e provar o nosso valor, com vista a eliminarmos padrões de impulsividade e temeridade excessivas, impaciência, dificuldade em escutar os outros, irritabilidade e reatividade emocional; e aplicarmos a nossa capacidade criativa individual construtivamente.