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Fundos imobiliários: vale a pena investir?

Fundos imobiliários

Será que num momento em que muito se fala de crise vale a pena fazer um investi em fundos imobiliários?

Apesar de muitos setores da economia estarem a entrar em crise, esta é palavra que não parece aplicar-se ao mercado imobiliário levando muitos portugueses a ponderarem realizar investimentos neste mercado através da entrada em fundos imobiliários.

Contudo, antes de darmos resposta à pergunta do título, é importante começar por definir o que são Fundos Imobiliários.

O que são Fundos Imobiliários?

Na prática, os fundos de investimento são ferramentas financeiras que juntam dinheiro de diversos investidores com a finalidade de o investir em ativos, neste caso, imobiliários, com o objetivo de o rentabilizar ao máximo, isto é, fazer com que os investidores, como um todo, consigam ganhos superiores ao que conseguiriam se o investissem sozinhos.

A gestão destes fundos está a cargo de Organismos de Investimento Imobiliário, que incluem os Fundos de Investimento Imobiliário, e que investem, sobretudo, em bens imóveis e ativos imobiliários.

Entre os tipos de Fundos Imobiliários mais comuns encontram-se, de acordo com a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), os fundos fechados em que o resgate só é possível quando o fundo é liquidado. Mas há mais. Vamos conhecê-los mais em detalhe:

  • Fundos fechados: para além de só poder fazer o resgate do investimento quando o fundo é liquidado, os fundos fechados caracterizam-se pela quantidade fixa de unidades de participação (definida quando o fundo é emitido).
  • Fundos abertos: a quantidade de unidades de participação varia em função da procura de mercado.
  • Subscrição pública: acontece quando o investimento se realiza através da Oferta Pública.
  • Subscrição particular: caso não se encontre no regime da Oferta Pública ou, mesmo que se enquadre, entra em palco a subscrição particular que obedece a normas específicas.
  • Fundos de rendimento: tipo de fundo onde a remuneração serve de base fazendo com que, periodicamente, os investidores tenham acesso aos rendimentos obtidos.

Estes ganhos irão variar em função da alteração dos preços dos imóveis e do mercado de arrendamento.

  • Fundos de capitalização: ao invés de serem distribuídos, nos fundos de capitalização, os rendimentos ganhos são reinvestidos.

Como investir num Fundo Imobiliário?

Para investir num fundo imobiliário, basta que que dê ordem de compra junto do seu banco e assim adquirir unidades de participação à cotação do momento.

Vantagens e Desvantagens do investimento em Fundos Imobiliários

Vantagens

  • o dinheiro que investir será inferior ao valor de mercado de um imóvel;
  • enfrentará um período de liquidação inferior em comparação com uma venda ou compra de um imóvel;
  • risco controlado, uma vez que os fundos de investimento imobiliário dispersam o seu investimento por diversos ativos;
  • acesso a investimentos que, por norma, são inacessíveis a um investidor a  título individual;
  • o investidor é notificado regularmente pela entidade que gere o fundo sob o andamento do investimento.

Desvantagens

  • sem garantia do capital investido;
  • perda do capital investido devido a flutuações no preço de mercado dos imóveis ou por desconhecimento dos rendimentos e liquidez.

Conclusão

Não existe uma resposta absoluta para a pergunta “vale a pena investir num fundo imobiliário?”. Como referimos, apesar dos potenciais ganhos, estes fundos não têm capital garantido, o que significa que existe sempre a possibilidade de perder o seu dinheiro.

Para além disto, é preciso notar que, no caso dos fundos fechados, para vender as suas unidades de participação antes da maturidade do fundo, terá de encontrar um potencial comprador.

Como investimento de longo prazo, é preciso que, antes de partir para a compra de uma participação, tenha em atenção as comissões praticadas. Neste caso específico, é bom notar que as comissões de subscrição são, por norma, elevadas e que podem existir comissões de resgate em função do momento do mesmo.

Por último, escolha o fundo mais adequado ao seu perfil de risco, analise os relatórios e contas de cada um dos fundos e o historial de rentabilidade obtida.

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