Por Cláudia Matias.
No dia 11 de abril, Vénus ingressa em Gémeos, signo regido por Mercúrio, que, por sua vez, se encontra num signo regido por Vénus. Forma-se assim uma recessão mútua, ou seja, uma influência recíproca entre os planetas pessoais diretamente associados à nossa vida interior (representantes das funções sentimento e pensamento) e à nossa expressão subjetiva, afetiva e mental.
Vénus em signos de Ar promove a valorização das ideias e das relações. Em Gémeos, predispõe a que valorizemos mais a interação social, o companheirismo, a partilha de ideias e interesses, a diversificação de conhecimentos e a comunicação dos nossos valores pessoais.
Ao entrar em Gémeos, Vénus faz trígono a Plutão (em Aquário) e quadratura a Saturno (em Peixes). Por um lado, temos o apelo de superar a tendência para racionalizar os sentimentos, inerente a esta posição de Vénus, e permitirmo-nos crescer através do envolvimento emocional profundo. Por outro, as deceções na nossa vida afetiva passada podem gerar-nos medo de amar e reforçar as nossas defesas emocionais.
Ao nível esotérico, Vénus simboliza o amor inteligente e rege o signo de Gémeos, onde nos apresenta a proposta de compreendermos e equilibrarmos os opostos, para superarmos a dualidade de valores ou sentimentos; aquietarmos a nossa mente e escutarmos a nossa alma, para respeitarmos melhor o silêncio e comunicarmos mais sabiamente; unirmos a cabeça e o coração para desenvolvermos a nossa inteligência emocional. Em suma, acalmarmos a típica agitação geminiana, de modo a expressarmo-nos e relacionarmo-nos de forma mais inteligente e amorosa.
Durante o trânsito de Vénus em Gémeos, que decorre até 5 de maio, podemos começar por colocar-nos a seguinte questão geral: “Tendemos a valorizar as relações humanas, a comunicação, a aprendizagem e o conhecimento de forma mais racional ou mais afetiva?”.