Estará a saúde mental nas crianças comprometida ? Quando falamos em saúde mental, não devemos cingir só aos adultos, bem pelo contrário. As crianças, começam desde muito cedo, a sofrer com problemas do foro psicológico, e são cada vez mais os que já registam situações de ansiedade.
Os pais, devem por isso, estar atentos a este tipo de situações e ajudá-los a ultrapassar os problemas. Neste artigo, vamos falar dos problemas mais comuns das crianças e adolescentes, e como é possível estar presente e ajudá-los.
Muitas vezes os adultos desvalorizam os problemas das crianças, mas é necessário perceber que, naquele momento, a criança está em sofrimento, e é preciso perceber porquê e ajudá-la a encontrar o caminho da solução.
Ansiedade
Estudos na saúde apontam que até 10% das crianças e adolescentes sofrem de algum transtorno ansioso (excluindo-se o transtorno obsessivo – compulsivo (TOC), que afeta até 2 % das crianças e adolescentes).
Muitos dos sintomas da ansiedade nas crianças e adolescentes revelam-se na alteração de alguns comportamentos, como:
- dificuldades em dormir
- perda de apetite
- falta de concentração
- terrores noturnos
É importante estar alerta e acompanhar a saúde mental nas crianças, conseguir falar e ajudá-la a perceber a causa da ansiedade e ser devidamente acompanhado por um profissional. Quanto mais cedo for acompanhado, melhor, para evitar que a problemática evolua.
Depressão
A depressão tem vindo a afetar cada vez mais jovens. Cerca de uma em três crianças e adolescentes em Portugal, são afetados pela depressão. Esta fase tão atribulada, complexa e repleta de emoções, pode ser difícil para muitos adolescentes, trazendo alguns sintomas:
- sentimento de tristeza constante
- choro compulsivo
- isolamento
- insónias
- perda de apetite
Muitos destes sintomas podem ser, obviamente, transitórios. No entanto, é importante acompanhá-los de perto e estar atentos aos comportamentos. Conversar e estar presente nesta fase é mesmo crucial para pais e filhos.
Distúrbios e transtornos
Outro dos problemas mais comuns nas crianças e nos jovens são os distúrbios mais típicos: hiperatividade, défice de atenção e impulsividade. Ainda que, muitos casos surjam logo na infância, tendem a passar na adolescência, mas podem acompanhá-los para a vida adulta.
Nestes casos, o acompanhamento profissional é o mais indicado, pois cada caso é um caso e o profissional de saúde, consoante o diagnóstico, indicará a melhor terapêutica.
Como podem os pais ajudar os filhos?
A presença dos pais é fundamental no acompanhamento e crescimento dos filhos, pois todas as fases são desafiantes, nomeadamente para as crianças que estão a passar por elas sem qualquer conhecimento do processo. Cabe a nós, adultos, ajudá-las. Mas como?
- Encorajar os filhos a partilhar sentimentos
- Mostrar-lhes que, independentemente de tudo, estarão presentes e prontos a ajudar se quiserem ser ajudados
- Demonstrar que são amados
- Disponibilizar tempo para os ouvir e apoiar
- Resolver conflitos em conjunto
- Usar a honestidade como princípio básico da relação entre pai e filho, seja para o bem como para o mal
- Incentivar à prática de exercício físico pode ser benéfico para o jovem e qualquer membro da família