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Beber vinho faz bem? Brindemos a isso! 

beber vinho

O consumo de vinho faz parte do quotidiano de muitas pessoas em todo o mundo. Muitos portugueses também não conseguem fazer uma refeição sem a companhia de um copo. O nosso país tem produtores de vinho de excelência, algo que se comprova pela conquista de diversas medalhas em concursos internacionais. Naturalmente, neste contexto, torna-se compreensível que haja esse hábito de beber vinho à refeição. A questão é saber se esse hábito é ou não saudável. Será verdade ou mito que o consumo regular e moderado de vinho faz bem à saúde?

O que dizem os estudos sobre o hábito de beber vinho?

Para se comprovar que algo não é mito, recorre-se à ciência. Existem estudos científicos que comprovam os benefícios do consumo de vinho. Não pode ser numa quantidade exagerada, nem qualquer tipo de bebida alcoólica. Muitos médicos e profissionais da saúde recomendam o consumo de vinho tinto moderado aos seus pacientes.

Um estudo publicado na Annals of Internal Medicine permitiu aos investigadores apresentarem a conclusão de que um consumo moderado de vinho tinto aumenta o “colesterol bom”, nomeadamente em pessoas com diabetes tipo 2.

Qual a relação entre vinho tinto e colesterol?

Foram investigadores da Universidade Ben-Gurion do Neguev (Israel) que desenvolveram uma investigação e realizaram uma experiência. 

Primeiro, selecionaram um grupo de pessoas específico com diabetes tipo 2 e com baixo risco de alcoolismo. Posteriormente, avaliaram os efeitos que o consumo moderado de álcool refletia nessas pessoas. 

A amostra abarcou um conjunto elevado de pessoas, mais especificamente 224 pessoas. Parte dessas pessoas tiveram de criar o hábito de beber 150ml de água mineral, outras 150 ml de vinho branco e outras 150 ml de vinho tinto. Além da bebida acompanhar essa refeição, os participantes teriam todos de fazer uma dieta mediterrânica, sem restrição de calorias.

Esta experiência realizou-se ao longo de 2 anos. O procedimento consistiu em tirar amostras sanguíneas aos três grupos, algo que foi feito antes, durante e depois da experiência. Esta metodologia permitiu analisar as variações no controlo glicémico que as pessoas apresentavam, especialmente ao nível dos lípidos e da função hepática.

A avaliação realizada permitiu chegar à conclusão de que o grupo que bebeu vinho tinto aumentou os seus níveis de colesterol HDL, significativamente. Os pacientes desse grupo apresentaram um nível de colesterol mais saudável do que o dos pacientes do grupo que consumiu água. 

As pessoas que integraram o grupo que consumia um copo de vinho ao jantar também reduziu os fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e diabetes tipo 2. 

Curiosamente, as pessoas dos grupos que beberam vinho (tinto ou branco) apresentaram outra qualidade: elas registaram um sono de melhor qualidade. O estudo realizado permitiu ainda chegar a outra conclusão muito satisfatória: nenhum elemento do grupo que bebeu vinho tinto sofreu efeitos adversos significativos. Não existiram desvantagens para a saúde para quem cumpriu o consumo da quantidade de vinho tinto sugerida.

Onde reside a riqueza do vinho?

Os benefícios do vinho tinto ocorrem naturalmente, porque esta bebida contém resveratrol. É devido à riqueza em resveratrol nas uvas que esses efeitos são refletidos na saúde. Parte do resveratrol das uvas passa para o vinho. Por isso, o consumo da bebida contribui para a redução do colesterol. 

A bebida também contém polifenóis. O consumo de vinho tinto permite que o organismo retire partido desta riqueza cujos efeitos antioxidantes e antiflamatórios permitem reduzir o surgimento de células tumorais. Os especialistas também defendem que o vinho tinto também consegue estimular o aumento das bactérias boas nos intestinos.

Alguns dos benefícios de beber vinho tinto

Há diversos estudos que comprovaram diversos efeitos positivos do vinho tinto na saúde, nomeadamente os que se seguem:

  • Tem potencial quimiopreventivo em diversos tipos de cancro, devido à ação do resveratrol;
  • Aumenta o “bom” colesterol (HDL) e reduz o “mau” (LDL);
  • Gera efeitos anti-inflamatórios;
  • Apresenta propriedades antioxidantes e anti-envelhecimento;
  • Previne a demência, reduzindo para 23% o risco de vir a sofrer deste problema;
  • É bom para a pele, porque inibe o crescimento das bactérias do acne e protege a pele dos danos do sol;
  • Contribui para a saúde cardiovascular, devido às procianidinas;
  • Ajuda a prolongar a vida;
  • Reduz o risco de diabetes tipo 2 em 30%;
  • Previne constipações;
  • Reduz o risco de depressão.

Como consumir esta bebida?

O vinho deve beber-se à refeição, porque o álcool chega mais rapidamente ao sangue em jejum. O vinho tinto contém propriedades e substâncias que podem prejudicar a saúde e o organismo no caso de ser ingerido em demasia. 

O consumo desta bebida deve ser moderado, porque o consumo em excesso não só não gera benefícios, como se revela prejudicial. Um consumo exagerado de vinho afeta o sistema nervoso central negativamente e contribui para aumentar o risco de alguns tipos de cancro. 

Convém salientar que não é qualquer vinho. O vinho é a bebida mais saudável entre as bebidas alcoólicas. A quantidade de vinho tinto recomendada varia consoante a pessoa. Cada um tem uma composição corporal específica, um peso, uma idade. Esses são fatores que têm influência. 

No entanto, a recomendação geral é de um copo de vinho por dia (dois no máximo). A dose diária recomendada é de dois copos de vinho tinto para o homem e um para a mulher.

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