Os Nós Lunares são pontos de interceção do plano da órbita da Lua com o plano da órbita da Terra: o ponto que a Lua cruza quando passa a ter latitude norte designa-se por Nó Lunar Norte; e o ponto oposto, que a Lua cruza quando passa para latitude sul, designa-se por Nó Lunar Sul. Assim, os Nós Lunares estão sempre em oposição um ao outro; e o seu trânsito pelos signos é visto em termos de eixos zodiacais.
Também são designados por Cabeça e Cauda do Dragão e, onde se encontram, apresentam-nos uma proposta evolutiva, que passa sempre pelo desenvolvimento e integração das energias desse eixo zodiacal. O Nó Sul (ou Cauda do Dragão) representa os automatismos oriundos do passado; o Nó Norte (ou Cabeça do Dragão) indica a energia a desenvolver, de uma nova forma, e a integrar com a energia oposta do Nó Sul, para que esta se expresse de modo mais elevado e o eixo opere como um todo.
Percorrem o zodíaco num período de aproximadamente 18,5 anos, permanecendo pouco mais de 1 ano e meio em cada eixo. Como se movimentam em sentido retrógrado, os Nós Lunares terminam o trânsito no eixo de Touro-Escorpião, no dia 12 de julho (considerando a sua posição “média”), e passam para o eixo de Carneiro-Balança.
No chamado “eixo dos valores”, o Nó Sul em Escorpião e o Nó Norte em Touro apresentaram-nos a proposta coletiva de transformação dos nossos valores emocionais e materiais, de modo que a nossa estabilidade emocional assente na paz interior e na interação harmoniosa com toda a envolvente; e o nosso bem-estar material consista em termos acesso aos recursos que necessitamos para viver de forma saudável.
Com a entrada dos Nós Lunares no “eixo relacional”, os temas que a Humanidade é chamada a trabalhar centram-se nas relações, na dinâmica entre o Eu e o Outro, entre a nossa afirmação pessoal e a criação de consensos e parcerias, sendo que a quadratura de Plutão aos Nós requer transformações profundas neste âmbito.
O Nó Sul em Balança remete-nos para a necessidade de aceitação e validação por parte dos outros; as dependências relacionais e as cedências excessivas que geram desequilíbrios nas nossas relações; a dificuldade em tomarmos decisões por nós próprios e afirmarmo-nos.
Vénus, a regente de Balança, encontra-se em Leão e em quadratura com a Lua e Úrano (em Touro), apelando à nossa valorização pessoal e a uma maior liberdade individual nas relações, como forma de ultrapassarmos as nossas dependências afetivas e a importância que damos às opiniões dos outros.
O Nó Norte em Carneiro pede-nos para desenvolvermos a nossa independência, capacidade de decisão autónoma, confiança nas nossas capacidades e coragem de sermos quem somos, de modo a conseguirmos colaborar com os outros sem nos desvirtuarmos, irmos ao encontro do outro e fazermos concessões de forma equilibrada, adaptarmo-nos às situações sem perdermos o nosso centro.
Marte, o regente de Carneiro, encontra-se em Virgem e oposto a Saturno (em Peixes), lembrando novamente que a nossa necessidade de reconhecimento por parte dos outros e o receio da crítica (que podem tornar-nos excessivamente exigentes e inflexíveis, connosco próprios e com os outros) resulta grandemente de falhas na nossa autoconfiança. Em suma, confiar em quem somos e afirmar a nossa individualidade é um caminho que nos deve conduzir a relações mais equilibradas e satisfatórias.