A Lua Nova e a Lua Cheia de outubro correspondem a dois eclipses.
Os eclipses ocorrem quando o Sol e a Lua se encontram em aspeto de conjunção (Lua Nova) ou oposição (Lua Cheia), não só em termos de longitude zodiacal (como ocorre em todas as lunações) mas também em latitude, resultando num alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra. Por tal, ocorrem quando os luminares se encontram próximo dos Nós Lunares (pontos de interceção do plano da órbita da Lua com o plano da órbita da Terra), num orbe até sensivelmente 18°.
Estes são os primeiros eclipses desde que, em julho passado, os Nós Lunares entraram no eixo de Carneiro-Balança, pelo que, os temas relacionais tendem a ser muito enfatizados, não só nestes dois eclipses de 2023, como nos eclipses de 2024. Essa influência verifica-se mesmo que os luminares se encontrem nos eixos de Touro-Escorpião ou Virgem-Peixes, embora seja mais evidente quando estão no “eixo relacional”, tal como ocorre na Lua Nova de Balança.
A Lua Nova de 14 de outubro coincide com um Eclipse Solar Anular, no grau 21 de Balança, o qual alcança o ponto máximo pelas 19:00 de Portugal (pouco depois do pôr-do-sol), sendo visível somente no continente americano.
Uma Lua Nova com Eclipse Solar, não só proporciona o início de um novo ciclo, como, ao implicar a ocultação (neste caso parcial) do Sol pela Lua, traz um apelo para revermos o passado, o qual pode traduzir-se em manifestações externas e visa a consciencialização de hábitos antigos que já não servem o nosso processo de desenvolvimento e que precisamos de transformar. Nestas lunações particularmente intensas, a definição de novos objetivos torna-se assim mais premente e mais abrangente do que o período dum ciclo lunar.
Este Eclipse Solar ocorre em conjunção com Mercúrio e o Nó Lunar Sul, formando aspetos de quadratura com Plutão (em Capricórnio), semiquadratura com Vénus (a regente de Balança, a transitar em Virgem e em recessão mútua com Mercúrio) e quincôncio com Úrano (retrógrado em Touro).
Assim, a oportunidade de iniciarmos um novo ciclo ao nível das relações de um para um, simbolizada pela Lua Nova em Balança, surge aliada à necessidade de revermos e, se necessário, transformarmos o modo como habitualmente expressamos as nossas ideias, valores e afetos, no nosso relacionamento com os outros.