Se queres assegurar os melhores cuidados para ti e para a tua família, é sensato conheceres as alternativas que existem à disposição. Quem tem capacidade de investir na saúde, deve aproveitar uma das duas opções que permitem beneficiar de uma ampla rede de cuidados de saúde privados. Atualmente, as pessoas podem subscrever um seguro de saúde ou plano de saúde. Estas duas opções podem apresentar designações parecidas e estarem ambas ligadas à proteção da saúde. Contudo, tratam-se de serviços distintos.
Embora ambos os produtos representem uma alternativa ao serviço público de saúde, estas soluções apresentam especificidades que deve conhecer, antes de se decidir por qualquer uma delas. Iremos apresentar toda a informação que deves conhecer para que possas optar de forma consciente e de modo mais ajustado às tuas necessidades.
Seguro de saúde
Os seguros de saúde são diferentes dos planos de saúde, porque eles disponibilizam um leque de coberturas. A cada cobertura do seguro de saúde corresponde um plafond anual.
Caso haja a necessidade de gastar mais do que o capital contratado, o utilizador sabe que a seguradora não irá suportar qualquer comparticipação até à data de renovação da apólice.
Há coberturas mais populares que outras. A hospitalização e o ambulatório (estando as consultas de especialidade, exames e tratamentos integrados) e a estomatologia encontram-se entre as mais procuradas.
Existem apólices de seguros de saúde mais completas. Por exemplo, algumas delas incluem medicamentos, doenças graves e a possibilidade de aceder a redes de bem-estar e de lazer, entre outras possibilidades.
Estes produtos podem ser comercializados em regime de rede convencionada, reembolso ou em ambos.
Regime de rede convencionada
Neste caso, a seguradora comparticipa diretamente os atos médicos nos estabelecimentos da rede com a qual existem acordos estabelecidos, enquanto o beneficiário suporta somente uma parte residual da despesa.
Regime de reembolso
Neste caso, o beneficiário suporta integralmente a despesa médica em qualquer estabelecimento de saúde à sua escolha. Posteriormente, a fatura é remetida para a seguradora, que reembolsa o utilizador na percentagem contratada.
Plano de saúde
Estes planos disponibilizam o acesso a redes convencionadas de clínicas e de hospitais, entidades ligadas à saúde, com quem foi negociada previamente uma tabela de descontos para cada serviço.
Os planos de saúde são frequentemente confundidos com seguros de saúde por muitos consumidores. No entanto, tratam-se de serviços distintos. Os planos de saúde:
- não disponibilizam plafonds anuais;
- não impõem períodos de carência;
- não têm limites de idade para adesão ou permanência.
Recomendação
Existem diversos planos de saúde no mercado português. Um consumidor adulto pode contratar mais do que um plano. É possível começar a utilizar o plano de saúde de imediato (ou os vários contratados). Ao fazê-lo, é possível beneficiar de descontos disponibilizados nos estabelecimentos com os quais existem acordos.
É fundamental analisar a rede de estabelecimentos convencionados na região, antes de contratar um plano de saúde. Convém verificar quais são os descontos oferecidos e identificar as áreas que eles abrangem (nomeadamente: medicina dentária, acesso a médico ao domicílio, internamento ou consultas e exames) e confirmar se estão ou não conforme as tuas necessidades.
Renovar o seguro de saúde ou plano de saúde: diferenças
No que diz respeito à não renovação do produto, as regras são distintas para cada uma das alternativas. O seguro de saúde e o plano de saúde são produtos com uma duração anual, renovável por iguais períodos.
Seguro de saúde
Caso o prémio do seguro de saúde não tenha sido pago até à data da renovação, a apólice é automaticamente anulada.
Plano de saúde
Se o custo do plano de saúde não for pago até à data da sua renovação, o consumidor deste produto fica em dívida, a qual irá acumular juros. É preciso comunicar a intenção de rejeitar a renovação de um plano de saúde à entidade que o comercializa, devendo tal ser feiro por escrito e com a antecedência mínima de 30 dias.
Se tal não for feito, o plano de saúde será renovado na data prevista e o consumidor ficará vinculado por mais um ano à entidade que comercializa o produto. Por isso, o utilizador fica obrigado ao pagamento das mensalidades contratadas.
Qual é a melhor opção?
Não há uma resposta definitiva, porque a melhor opção para cada pessoa dependerá das suas necessidades de cuidados de saúde.
Seguro de saúde
A melhor solução para quem pretende acautelar uma eventual cirurgia será o seguro de saúde, um produto ótimo para quem deseja ter filhos no privado ou aceder ao privado com regularidade, para consultas, tratamentos ou exames.
O seguro de saúde é um produto que te permite usufruir destes cuidados de saúde, sem ser necessário recorreres ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). O seu custo é semelhante ao do plano de saúde, sempre que se recorre às possibilidades menos completas.
Se utilizares com frequência, irás poupar com este produto, pois só terás de suportar uma pequena parte da despesa. Isto, independentemente da modalidade de comparticipação que selecionares (isto é, copagamento ou reembolso).
Plano de saúde
Este produto revela-se a opção mais indicada para as pessoas que não podem pagar um seguro de saúde. Esta é uma boa alternativa para quem deseja aceder ao privado apenas para consultas, tratamentos e exames, com descontos na rede de prestadores de cuidados de saúde, médicos e enfermeiros ao domicílio ou aconselhamento telefónico.
Esta solução pode revelar-se mais cara, quando há necessidade de consultar muitos especialistas e de fazer exames dispendiosos ou mesmo uma cirurgia.