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Gaming e Música: uma evolução suportada pela tecnologia

gaming e musica

O crescimento da indústria Gaming nos últimos anos, trouxe consigo um crescimento também da indústria da música Gaming.

Em 2022 o total de receita da indústria Gaming foi de 184.4 biliões de dólares e é esperado que atinja os 211.2 biliões em 2025, de acordo com a empresa de análise de dados Newzoo.

Este ano, os Grammy trazem consigo uma novidade nas categorias há muito esperada por quem cria música para jogos: uma nova categoria denominada Melhor Música para Jogos Gaming e outros meios interactivos (Best Score Soundtrack for Video Games and Other Interactive Media). 

Estão nomeadas 5 das 70 submissões para esta categoria: 

– Austin Wintory por: “Aliens: Fireteam Elite”

– Stephanie Economou por: “Assassin’s Creed Valhalla: Dawn of Ragnarok

– Bear McCreary por: “Call of Duty: Vanguard”

– Richard Jacques por: “Marvel’s Guardians of the Galaxy”

– Christopher Tin por: “Old World”

Apesar de em 2011 o tema “Baba Yetu” do jogo “Civilization IV” ter ganho a categoria de Melhor Arranjo Instrumental nos Grammy, durante anos as músicas compostas para videojogos, apesar de serem elegíveis para nomeações, eram inseridas na categoria de Melhor Música para Filmes, Televisão e outros meios e o facto de se integrarem em “outros meios”, eram marginalizadas nesta categoria que englobava um pouco de tudo.

No entanto, especialmente depois da Covid, a indústria de música de gaming suportada pelos avanços tecnológicos têm vindo a ganhar terreno, bem como novos consumidores e formas de serem experienciadas.

Estas formas incluem: concertos imersivos de vídeo jogos, vídeos jogos em streaming através de diferentes plataformas como Youtube, Twitch, TikTok e Fortnite, remixes e colaborações, não esquecendo também a realidade virtual.

É um facto que a música, em qualquer ambiente onde esteja presente, molda e acompanha cada experiência que temos. Neste caso específico do Mundo Gaming, tudo começou nos anos 80.

Ao ouvirmos a música do Super Mario, quem não se lembra e não recorda os bons momentos que passou a jogar? Ou até mesmo Mortal Kombat?

Se nos anos 80 as plataformas de jogo como o 8-bit Commadore 64, um computador doméstico era capaz de produzir apenas 3 notas e o produto musical era extremamente limitado, hoje em dia há um mundo enorme de criatividade a ser explorado e suportado pelos avanços tecnológicos. 

A forma como os compositores de música para Gaming o fazem é em parte semelhante à indústria da música tradicional. Ambas requerem trabalho de desenvolvimento, talento e método. No entanto, a indústria de música Gaming requer um nível técnico ao mesmo tempo que um conhecimento de como o som irá atuar no mundo digital ou virtual.

A indústria Gaming é muito maior, atualmente, que a indústria de filmes e música combinada. Este constante crescimento deve-se também pelo facto de que no Gaming, nunca se temeu a tecnologia e a sua evolução. Muito pelo contrário. 

E a prova disso são os números de jogadores: 83% dos Millenials e 87% da Gen Z jogam algum formato de vídeo jogo, pelo menos uma vez por semana. Cinquenta e oito por cento de jogadores adultos e setenta por cento de jogadores adolescentes referem que jogar é uma forma de se manterem conectados com os seus amigos, expressarem-se e criarem novas ligações. Assim como a música presente nos videojogos é uma parte fundamental de toda a sua experiência e identidade do jogo.

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