De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), um migrante é qualquer pessoa que vive temporária ou permanentemente num país onde não tenha nascido, e que adquiriu laços sociais significativos com este país, havendo uma série de razões que podem levar uma opção a tornar-se imigrante.
Desde a procura de melhores condições socioeconómicas, a fatores como perseguição religiosa ou política, o que criaria uma condição de refugiado, a migração é um fenómeno com fortes impactos ao nível psicológico, trazendo, naturalmente, consequências para a saúde mental, resultado de circunstâncias como uma difícil adaptação a uma nova cultura/país ou o afastamento do país de origem.
Uma acumulação destes diversos elementos, nomeadamente numa situação de refugiado, resulta numa sobrecarga de stress, aumentando a probabilidade de desenvolver doenças mentais. Na verdade, existe um maior risco de ansiedade, depressão, stress pós-traumático e psicose na população imigrante. Infelizmente, fatores como as barreiras culturais e sociais e determinadas dificuldades em identificar problemas de saúde, graças a diferentes crenças de saúde, política ou religiosas, imigrantes tendem a recorrer aos cuidados de saúde em fases mais avançadas de doença.
Todos estes elementos, aliados às dificuldades de atendimento nos serviços de saúde tornam crucial uma promoção de melhor acessibilidade a cuidados em tempo útil e culturalmente competentes.
As formas de contribuir para uma ajuda mais eficaz à população imigrante a nível da saúde mental, de acordo com o portal saudemental.pt, passam por:
- Dar a conhecer a rede de cuidados de saúde e garantir acesso aos mesmos;
- Promover uma comunicação eficaz através de informação sobre os serviços de saúde providenciada em diferentes idiomas, bem como a existência de intérpretes e tradutores para auxiliar a população imigrante;
- Literacia em saúde, através da criação de programas de integração e iniciativas que fomentem conhecimentos sobre saúde e funcionamento dos serviços de saúde;
- Treino de competências culturais dos prestadores de serviços, dos clínicos e das organizações, através de medidas como a implementação de mediadores culturais ou consultores que atuam como agentes de disseminação de informação nas comunidades migrantes.
Apresentamos ainda uma lista de serviços de saúde, sob forma de consultas de psiquiatria e/ou psicologia, bem como materiais de apoio, dedicados ao auxílio de imigrantes e refugiados.
Serviço Jesuíta aos Refugiados
E-mail: jrs@jrsportugal.pt
Morada: Rua Rogério de Moura, Lote 59, Lisboa.
Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR)
E-mail: PAR@JRSPORTUGAL.PT
ISPA – Consultas de psicologia a migrantes e refugiados
E-mail: clinica@ispa.pt
Morada: Rua Jardim do Tabaco nº34, 1149-041 Lisboa.
Centro das Taipas – Consultas de Psiquiatria para refugiados
E-mail: ud.centrotaipas@arslvt.min-saude.pt
Morada: Parque de Saúde de Lisboa, Avenida do Brasil 53, Pavilhão 27 1º andar.
Associação CRESCER – Projeto NO BORDER
E-mail: info@crescer.org
Morada: Bairro Qta Cabrinha 3, Lisboa.
Refugees Welcome Portugal
porto@refugees-welcome.pt
Rua de Justino Teixeira nº 861 (Campanhã), Porto.
MEERU | Abrir Caminho – projecto MEERU Aproxima
E-mail: abrircaminho@meeru.org
Morada: Pr. Doutor Francisco Sá Carneiro, 271 Galerias 1ºDto, Porto.
CEPAC – Centro Padre Alves Correia
E-mail: geral@cepac.pt
Morada: Rua de Santo Amaro, nº 43, Lisboa
Materiais de apoio:
Manual de Apoio a Migrantes do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (com versão traduzida para ucraniano)
Guias informativos sobre acesso e cuidados de saúde para pessoas migrantes do Projecto Informa em Acção da Casa do Brasil de Lisboa – disponíveis em português, inglês, francês, nepali, bengali e mandarim.
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