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Viajar para o campo: hospedagem em ambientes rurais – Portugal

Viajar para o campo

“Campo, que te estendes com verdura bela; ovelhas que nela vosso pasto tendes, de ervas vos mantendes que traz o verão…”, assim versa parte do poema “Verdes são os campos” de Camões que resume, em boa parte, a imagem que todos temos daquilo que é viajar para o campo.

Colocar o bulício citadino em “mute” e fazer uma viagem rural até esse mundo pastoril e bucólico é hoje muito acessível.

Os alojamentos locais, pousadas e airbnbs multiplicam-se e a atenção que os diversos municípios do país devotam aos seus espaços rurais é cada vez maior, assim como maiores e mais diversificados são os pacotes turísticos ao dispor de quem se embrenha na paisagem campestre.

Porque ir é o melhor remédio, deleite-se com o que de melhor o mundo rural português, onde se inclui a hospedagem, tem para lhe oferecer.

Destinos rurais a descobrir em Portugal

Viajar para o campo: hospedagem em ambientes rurais

Parque Nacional da Peneda Gerês (Terras de Bouro, Montalegre, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca)

Com diversas opções de hospedagem rural (é difícil escolher uma das muitas opções presentes em sites como o Airbnb, o Trivago ou o Booking) com fantásticas vistas de rio e montanha, o Parque Nacional da Peneda Gerês tem no Miradouro da Misarela, na Barragem da Caniçada, na Mata de Albergaria, nos cavalos selvagens e nas dezenas de cascatas que o pontuam fazem dele um local de visita obrigatória.

Sistelo – o “Tibete” português (Arcos de Valdevez)

Continuamos no Alto Minho, desta feita com as malas feitas em direção a um dos destinos rurais que mais sensação tem feito no último par de anos. A paisagem marcada pelos socalcos, valeu à bem preservada aldeia de Sistelo o título de “Tibete Português”.

Em termos de hospedagem, muitas das suas casas típicas de granito e os tradicionais espigueiros foram recuperados e hoje servem de alojamento local. Numa simples pesquisa no site da Airbnb encontram-se, por exemplo, a Casa do Ramiscal –Eido do Pomar ou a Casa do Ferreiro.

Rio de Onor (Bragança)

Se as palavras “campo” ou “rural” fossem uma aldeia, ela seria Rio de Onor. Terra mágica onde a placidez campestre e o doce correr das estações caminha lado a lado com uma história repleta de contrabandistas e saltos épicos para o outro lado da fronteira, Rio de Onor é uma aldeia comunitária situada no Parque Natural de Montesinho pontuada por casas típicas serranas em xisto com varandas alpendradas, bem recuperadas.

A aldeia é atravessada por uma ténue fronteira (o rio, que na verdade é mais um riacho que se atravessa de um pulo) com Espanha separando-a da sua irmã gémea Rihonor de Castilla.

Entre os melhores locais para ficar hospedado em Rio de Onor destacam-se a Casa da Portela e a lindíssima Casa da Ponte Rio de Onor.

Monsanto – “Aldeia mais portuguesa de Portugal” (Idanha-a-Nova)

Considerada a “aldeia mais portuguesa de Portugal”, Monsanto eleva-se repentinamente dos campos circundantes a uma altura de 100 metros e é um ícone turístico da região. A aldeia oferece uma das paisagens mais interessantes que se podem encontrar em Portugal e, acima de tudo, o sossego que só o mundo rural nos pode oferecer.

Apesar de contar apenas com 829 habitantes (muitos deles imigrados), Monsanto tem um vasto património arquitectónico religioso para descobrir, bem como vestígios da passagem visigótica e árabe.

Em termos de hospedagem, e aparte os inúmeros alojamentos locais existentes no local, o Monsanto GeoHotel Escola apresenta-se como um das melhores sítios para passar uns dias nesta aldeia histórica.

Piodão, aldeia de Xisto (Arganil)

Piodão é uma das aldeias mais bonitas do país, com as suas típicas casas de xisto dispostas em anfiteatro iluminando-se à noite e criando uma das suas imagens mais icónicas. Aliás, na década de 1980, Piodão recebeu a condecoração “Galo de Prata” para “aldeia mais típica de Portugal”.

Para além das emblemáticas construções em xisto, eta aldeia alberga um museu etnográfico, extraordinárias eiras e fornos comunitários de onde saem iguarias sem par e, como está enquadrada pela Serra do Açor, oferece inúmeros trilhos para uma revigorante caminhada.

Seja no Airbnb ou em plataformas como o Booking, o viajante encontra várias soluções de hospedagem que vão desde o hotel Inatel Piodão às casas tradicionais em xisto reconvertidas em Guest Houses como é o caso da Casa da Padaria ou dos InXisto Lodges.

Casal de São Simão (Figueiró dos Vinhos)

A pequena aldeia, praticamente constituída por uma só rua, é essencialmente constituída em quartzito e estende-se ao longo de uma cumeada quase paralela ao curso da Ribeira de Alge.

Para além do idílico enquadramento e silêncio profundo, a aldeia de Casal de São Simão possui o templo mais antigo do concelho de Figueiró dos Vinhos, a Ermida de São Simão datada do século XV.

Dada a dimensão da aldeia, a hospedagem não é fácil, mas ainda assim a Casa Amarela, com uma vista de tirar o fôlego e equipada para alojar quatro pessoas, é um alojamento ideal para quem faz viagens em família.

Jerusalém do Romeu (Mirandela)

Esta aldeia dificilmente aparece em algum roteiro turístico e, embora algumas pessoas possam conhecer o emblemático restaurante “Maria Rita” (Hall of Fame do TripAdvisor, criadores do “Bacalhau à Romeu”, Jerusalém do Romeu merece ser conhecida.

Visitar esta aldeia, também conhecida pela “aldeia das rosas” é como entrar na máquina do tempo e retroceder até ao início do séc. XX dado ser uma dos locais que melhor preservou o seu património.

Jerusalém do Romeu é também sinónimo de Menéres. Menéres é o nome da família que deu à aldeia uma escola primária, uma estação de caminhos-de-ferro (desactivada hoje em dia), uma Casa do Povo e uma quinta, a Quinta do Romeu, que alberga vinhas, olivais e a refrescante e bucólica Ribeira do Quadraçal que está inserida na rede Natura 2000.

Quem quiser desfrutar de alguns dias neste paraíso escondido em Trás-os-Montes encontra no alojamento de turismo rural “Agroturismo Casal de Castro” (facilmente encontrado na plataforma Booking) uma excelente solução.

Vamos viajar para o campo?

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